ViaMobilidade divulga imagens e vídeo de seu novo trem

Concessionária busca mostrar que está investindo nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda na data que marca o primeiro ano de concessão
Trem da Série 8900 (VM)

A ViaMobilidade Linhas 8 e 9 aproveitou o aniversário do primeiro ano de concessão das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, nesta sexta-feira, 27, para divulgar as ações que tomou e os planos de investimentos em 2023. Entre eles estão a divulgação de imagens e um vídeo dos trens da Série 8900, encomendados por ela junto à Alstom.

Trata-se da primeira vez que a concessionária libera material dos trens praticamente completos em fabricação já que até então existiam apenas poucas fotos de estruturas de vagões em montagem. Nas últimas, fotos vazadas de dentro da fábrica em Taubaté deram uma ideia do estágio de montagem, mas sem grandes detalhes.

Desta vez, é possível ver que ao menos uma das composições está bastante próxima da conclusão. Uma delas mostra o interior do trem, com os bancos ainda cobertos por uma proteção. Mas distinguem-se alguns aspectos do projeto como a passagem livre entre vagões, um painel luminoso no alto da divisão e os mapas sobre as portas. Ao contrário da expectativa, não parecem paineis de LEDs, como no Série 2500, fabricado pela CRRC, e sim um mapa físico com luzes marcando cada estação.

Painel do novo trem (VM)

Outra imagem apresenta o painel de controle do trem, com duas telas digitais laterais de grandes dimensões e um velocímetro analógico na parte esquerda. Como notado anteriormente, o trem contará com câmeras externas para que o condutor possa acompanhar embarque e desembarque em vez de espelhos retráteis como nos séries 7000 e 7500.

Novos trens começam a chegar no primeiro trimestre

A composição da Série 8900 é do modelo Metropolis, também usado pela ViaMobilidade na Linha 5-Lilás (Frota F) e pela CPTM, chamado por ela de Série 9000. No entanto, há várias diferenças visuais, incluindo a máscara frontal, além de equipamentos incluídos por conta dos requisitos técnicos da concessão.

A ViaMobilidade encomendou 36 novos trens, dois a mais do que exigido pelo edital. Isso porque a alternativa dada pelo governo do estado era recuperar dois trens Série 7000 avariados. Mas a concessionária achou por bem fabricar mais duas composições novas a restaurar as unidades antigas.

Os primeiros novos trens serão entregues no primeiro trimestre, prometeu a empresa. A previsão, como mostrou este site, está atrasada em relação ao que exige o contrato. O primeiro desses trens deveria ter sido entregue ainda em dezembro do ano passado, para iniciar operação em março.

A meta é colocar 16 dos 36 trens em operação em 2023 e o restante, em 2024, e assim tentar reverter a péssima imagem que a ViaMobilidade tem no momento.

“Desde o início da nossa operação, mesmo diante do enorme desafio que assumimos, estamos empenhados no sentido de prestar o melhor serviço aos passageiros. Ao investir continuamente na modernização das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, entendemos que estamos contribuindo de forma consistente com os esforços do Governo de São Paulo para melhorar o sistema de transporte público como um todo. Essa curva de evolução será reforçada em 2023 com a chegada dos novos trens”, disse Marcio Hannas, Presidente da CCR Mobilidade, que controla a concessionária.

Segundo ela, houve investimento em novos véiculos de manutenção, embora a quantidade informada seja confusa. A ViaMobilidade diz ter 22 unidades em operação, além de 11 adquiridas, porém informa também que chegarão mais 17 veículos no primeiro semestre.

Até o momento, com falhas ocorrendo em quase todos os dias, os esforços parecem em vão.

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18 comments
    1. Não vão voltar. A linha 11 vai ficar padronizada com os trens da série 8000 (que estão fazendo MUITA falta na linha 8, diga-se de passagem).

  1. Falhas ocorrem todos os dias na CPTM e no Metrô. Então os esforços dessas empresas públicas também são em vão?

    1. Quantos descarrilamentos e colisões tivemos na CPTM e no Metrô e 1 ano? Não me lembro de nenhum. E sem contar que “todo dia” tem falha na CPTM e no Metrô mas num universo de 9 linhas administradas por elas, agora diariamente ter problemas (alguns gravíssimos) em só 2 é de estranhar, não?

      1. No Metrô ocorreu uma colisão no pátio Belém em 31 de agosto de 2022.

        Na CPTM ocorreu o descarrilhamento do trem de carga da MRS em 3 de dezembro de 2022. Apesar do trem de carga ser privado, o acidente ocorreu em uma ferrovia operada e mantida pela CPTM.

        Incidentes e falhas são comuns nos principais metrôs do mundo. Mas parte da imprensa e do MP só se escandalizam quando ocorrem nas linhas privadas.

        1. 2 falhas graves em 9 linhas em 1 ano e ainda incluindo a MRS no pacote. só na Via Mobilidade foram 3 em só 2 linhas no mesmo período. A proporção acho que está um pouco diferente, né?

    2. o Ivo sempre aparece para defender as concessionarias. deve receber alguma vantagem com isso, só pode.

      quando a matéria diz que os esforços são em vão, significa dizer que as melhorias prometidas não estão ocorrendo na prática. se é que realmente investiram tudo isso que falam que investiram, pois se for verdade a CCR está pagando para trabalhar.

      sem contar que os dados são falaciosos. falam que revisaram toda a rede aérea, toda a via permanente, todas as maquinas de ar condicionado , o que seria uma obrigação e não um favor. mas na prática vemos acidentes, trens com ar condicionado desligado (ou com defeito). e tudo isso com uma empresa privada, que recebe e muito bem com recursos do estado, para operar e melhorar a situação anterior ao qual era operada antes.

      na prática, a concessionaria, para fins econômicos, é uma estatal com dono particular. mas os defensores do estado mínimo, que de mínimo não tem nada com esse monte de concessões e terceirizações, não podem admitir isso.

        1. E vc faz ataques ao editor do site por não concordar com as críticas a viamobilidade. Atitude infantil a sua, certo?

          As perguntas que sempre lhe faço você nunca responde. Porque não é possível defender o indefensável sem ter algum objetivo por trás

          1. Renato (Guile), não faço ataques a ninguém. Você faz ataques por não aceitar que ninguém pense diferente. Não há como discutir com alguém fanático, que não aceita opiniões e faz ataques pessoais e ameaças.

  2. A gestão da empresa nessa concessão está sendo um fiasco…Ela deveria ser punida e não participar da Concessão do Trem Intercidades….Deveriam revisar o edital e incluir que as empresas não podem possuir punições com relação a problemas dessa natureza…Espero que a Acciona leve esse projeto do Trem Intercidades pq vejo ela mais séria que a VM.

    1. O problema não é só a Via Mobilidade. A área de licitações do Governo de São Paulo é ainda mais culpada ainda, pois não sabe como fazer licitações ferroviárias. Trem é BEM diferente do metrô: tem várias interferências na operação que o metrô não tem. É mais fácil licitar metrô do que trem. Vide o Trem Intercidades, que não sai nem forçando. Há quanto tempo estamos ouvindo falar desta licitação, “agora sai, agora não sai”? E nada!

      1. a verdade é que o governo não precisa licitar nada. precisa melhorar e investir nas empresas do estado, e não dar de bandeja para empresas amigas dos políticos.

  3. Prezados, gostaria que este site publicasse para efeitos comparativos didáticos Pesquisa Origem Destino de todas Linhas Metropolitanas comprobatórias em planilhas atualizadas (2022), visto que a última edição estar defasada de 2017, e também se possível a especificação técnica destes novos trens, como potência dos motores se são CA ou CC, largura, comprimento e altura das carruagens, distância entre as portas além de serem “gangway” conforme fotografia que são passagens entre os carros.
    Embora a iniciativa da ViaMobilidade foi boa ao encomendar 36 novos trens, dois a mais do que exigido pelo edital, não creio que a totalidade daqueles dois conjuntos trens Série 7000 que trafegaram em todas as linhas da CPTM com carruagens com largura de 3,3m de fabricação recente avariados sejam irrecuperáveis ou possuam custos proibitivos para recuperação e sirvam apenas para canibalização.

    1. os trens devem ser motor CA, com certeza. já faz tempo que nao se compra mais trem novo com motor CC em SP, e acredito que no resto do mundo.

      sobre a compra de 36 trens, estava mais do que obvio q seria essa opçao. o governo para dar baixa nas 2 composiçoes é uma burocracia danada (e desnecessaria), entao repassou a “bucha” para a CCR, que resolveu da forma mais simples, comprando 2 trens novos ao inves de recuperar 2 trens batidos.

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