Durante a entrevista coletiva que se seguiu à apresentação virtual do primeiro trem de monotrilho da Linha 17-Ouro, o governo do estado esclareceu como deverão ser os próximos passos do projeto, que está prestes a completar uma década em obras.
Sobre a inauguração da linha de quase 8 km, o governador João Doria (PSDB) previu que o início do serviço ocorrerá “nas primeiras semanas de 2024”. Trata-se de um atraso de cerca de um ano em relação à promessa do tucano, feita em dezembro de 2020, que estipulava entregar o ramal de monotrilho em dezembro deste ano.
Cobrado sobre o assunto, Doria culpou a legislação pelo não cumprimento da previsão. “Há fatores que são alheios à determinação de um governante, fatores de questões legais, judiciais, circustâncias que fogem ao alcance e à previsibilidade de um gestor público”, justificou.
“Lamento mas a legislação brasileira impõe circunstâncias que muitas vezes adiam e colocam projetos que estavam dentro de uma previsão fora dessa previsão”, acrescentou Doria, sem no entanto citar que a previsão feita em 2020 ocorreu num momento em que indefinições legais e técnicas tornavam a conclusão do projeto até dezembro de 2022 bastante improvável já naquela época.
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As obras civis complementares, executada pelo consórcio Monotrilho Ouro, por exemplo, não foram alvo de nenhuma paralisação causada pela Justiça, mas a evolução tem sido lenta mesmo assim.
Sobre esse aspecto, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Paulo Galli, comentou que “a partir de abril e maio [ocorrerá] uma rampa de desenvolvimento na obra que será mais perceptível e visível”.
O presidente do Metrô, Silvani Pereira, também abordou as obras civis, afirmando que os trabalhos devem ganhar mais velocidade e que a companhia está atuando para que não ocorram mais atrasos. “Não seremos passivos com a obra parada. Se necessário será rescindido contrato, as empresas serão notificadas, mas a obra vai ser concluída”, previu.
Trens entregues até o final de 2023
Sobre o cronograma de fabricação dos trens, surgiram algumas informações importantes. Alexandre Barbosa, diretor técnico da BYD, revelou que a composição cabeça de série (a primeira a ser montada para testes) levou 14 meses para ficar pronta. Curiosamente, a BYD não deixou de atuar no projeto nem mesmo enquanto o contrato estava suspenso na Justiça, por conta de uma ação do consórcio Signalling.
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Silvani Pereira voltou a dizer que o Metrô chegou a planejar uma operação mais restrita da Linha 17, entre duas estações apenas, mas que a pandemia impediu essa opção. Segundo ele, uma equipe de engenheiros e técnicos do Metrô está há seis meses tentando viajar para a China para realizar a aprovação do projeto. No entanto, as restrições impostas pelo governo chinês para permitir a entrada de estrangeiros têm impedido que isso ocorra até o momento.
O presidente da companhia, inclusive, condicionou essa viagem à definição de um cronograma mais preciso sobre o embarque das composições para o Brasil. “Só aí teremos as datas de entrega dos 14 trens”, disse.
Paulo Galli, por sua vez, explicou que a avaliação do Metrô in loco deverá levar cerca de três meses e abordar não apenas os trens mas a fábrica em si. Com a aprovação, os 13 trens restantes serão concluídos.
Apesar dessa indefinição, a BYD foi mais acertiva ao citar um prazo para entregar as 14 composições, embora o presidente da empresa no Brasil, Tyler Li, tenha dito que eles seriam entregues até o final de 2024. Alexandre Barbosa, no entanto, corrigiu a informação em seguida, dizendo o plano é que os trens cheguem ao país até dezembro de 2023.
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Dória é um ótimo contador de histórias da carochinha!
O nariz desse Pinóquio já está batendo no teto de tanta mentira🤥…