O “cabo de guerra” entre o Metrô e a empresa de marketing DSM sobre a venda dos “naming rights” teve mais um capítulo nesta sexta-feira, 23. E novamente o leilão do direito de renomeação parcial de uma estação terminou sem acordo já que a companhia do estado não aceitou o valor de R$ 110 mil mensais oferecido pela DSM por Santana, da Linha 1-Azul.
Trata-se da repetição do ocorrido na primeira licitação, em 10 de agosto. Nos dois leilões, a DSM fez uma oferta inicial de R$ 40 mil e, por conta da ausência de concorrentes, passou a negociar com os representantes do Metrô. O valor máximo de R$ 110 mil voltou a não ser aceito.
No dia anterior, as duas empresas haviam passado por situação semelhante no leilão de naming rights da estação Brigadeiro.
Estranhamente, o Metrô tem insistido na oferta individual do direito de patrocínio em vez de realizar uma concessão geral em que poderia ser uma espécie de “sócio” na negociação com os verdadeiros anunciantes. Ou seja, a mesma postura em relação ao inventário publicitário da empresa, que é gerido pela JCDecaux.
Em vez disso, o Metrô tem insistido em buscar os anunciantes ou então empresas de marketing interessadas em revender a terceiros o direito de utilizar o espaço nas estações. É justamente o caso da DSM, que arrematou quatro concessões e já negociou três delas, Penha, Carrão e Saúde.
No único leilão bem sucedido de 2022, o Metrô aceitou uma proposta de R$ 130 mil de remuneração mensal pelo direito de patrocinar a estação Clínicas, da Linha 2-Verde. O futuro anunciante da estação ainda não é conhecido.
