O secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, anunciou em sua perfil no Twitter que o governo do estado pretende fornecer máscaras para os passageiros que utilizam os trens do Metrô e CPTM, além dos ônibus da EMTU. O item de proteção contra a pandemia do coronavírus seria distribuído gratuitamente durante uma semana quando então passaria a ser obrigatório seu uso para acessar o transporte coletivo.
“Estamos buscando a viabilidade para entregar máscaras a todos os passageiros do sistema do Transporte Público do Governo SP, por 7 dias, sendo que após este período, o acesso somente será permitido por pessoas utilizando máscaras. Os que já puderem, usem máscara”, afirmou o secretário nesta manhã de segunda-feira, 27.
Ainda segundo Baldy, a STM está focada em conseguir o material o mais rápido possível a fim de implementar a medida nos próximos dias. Para suprir todos os potenciais usuários do transporte sobre trilhos será preciso providenciar milhões de máscaras já que apenas no Metrô circulam diariamente 3,7 milhões. Com a quarententa, no entanto, esse número tem sido bem mais baixo, em torno de 600 mil pessoas.
O Metrô e a CPTM tem alterado também os procedimentos de higienização dos trens que antes eram realizados no final da operação. Agora, todos os trens são limpos a cada viagem, afirmou o governo. Além disso, o Metrô está testando uma tecnologia que utiliza raios ultravioleta para eliminar qualquer foco do vírus, com durabilidade maior, segundo a empresa que oferece o equipamento.
De desnecessário para vital
O uso de máscaras por pessoas que não apresentam sinais da doença tem sido alvo de polêmicas. Inicialmente, acreditou-se que ele era necessário por quem apresentasse algum sintoma, mas recentemente esse entendimento mudou e muitos países têm orientado os cidadãos a utilizar a proteção em qualquer situação. Como ocorre com vários insumos médicos, as máscaras também têm sido um item disputado no mercado e alguns governos acabam fretando aviões para buscar encomendas de nações produtoras, como é o caso da China.
Como o site publicou no início de março, antes da vigência da quarentena, pesquisa realizada em 2011 pela BioMed Central, uma entidade responsável por publicações científicas britânicas, mostrou que a chance de se contaminar com uma infecção respiratória aguda a bordo do transporte público é seis vezes maior do que em ambientes abertos. A cada hora, tocamos de 20 a 30 vezes em superfícies que podem estar contaminadas. Agora imagine isso para um passageiro que fique três horas em seu trajeto diário.
