O processo de reforma e ampliação da estação São Joaquim, da Linha 1-Azul, tem evoluído de maneira preocupante. O Metrô iniciou as tratativas para projetar as modificações necessárias para adaptá-la para a futura conexão com a Linha 6-Laranja apenas há poucos anos e somente em setembro do ano passado assinou contrato para execucação das obras com o Consórcio Telar/Construbase/GROS-São Joaquim.
Apesar disso, apenas no início deste mês, a CETESB, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, concedeu a Licença Ambiental de Instalação, que permite o início das obras na antiga estação, aberta em 1975.
A licença tem duração de seis anos e deve ser suficiente para que as obras sejam concluídas com folga, afinal o prazo de execução é de 38 meses.
O projeto, no entanto, flerta com o risco de que a Linha 6-Laranja seja inaugurada em 2027 sem conexão direta entre as duas “São Joaquim”.
Se não houver atrasos no ramal metroviário tocado pela concessionária LinhaUni, a expansão da estação da Linha 1-Azul terá de ficar pronta em cerca de três anos.
Em se tratando de obras metroviárias, prazos enxutos como esse são invarialmente descumpridos, diante de imprevistos de todos os tipos.
Demanda atual vai crescer significativamente
As modificações que o consórcio terá de fazer são delicadas e envolvem escavações de túneis entre a superfície e parte das vias da Linha 1 além do remanejamento de salas técnicas, escadas e elevadores, além de uma grande reforma nos acessos.
Além disso, é preciso trabalhar em conjunto com a construtora Acciona, para que a ligação saia como planejado.
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Quando ficar pronta, a nova estação São Joaquim será um lugar diferente de hoje. Em 2023, a parada recebeu em média 29 mil usuários em dias úteis, um fluxo muitas vezes destinado às várias faculdades na região.
Desde o estudo ambiental encomendado pelo Metrô, a a estação São Joaquim da Linha 6-Laranja já aparece com uma enorme demanda, de mais de 120 mil passageiros por dia. Certamente, esse público não merece ter de fazer uma baldeação pela superfície.
