Com escalonamento de horários de trabalho, governo Doria espera reduzir lotação no transporte público

Acordo com representantes de vários setores deve separar horários de entrada e saída do trabalho para indústria, serviços e comércio, o que deve diminuir demanda sobretudo na CPTM
Estação da Luz (CPTM)

Sugerido por técnicos da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, o escalonamento dos horários de entrada e saída de trabalhadores no comércio, serviço e indústria deverá ser adotado em São Paulo a fim de aliviar a demanda no transporte público.

A informação foi divulgada pelo governo Doria nesta quarta-feira, 17, que afirmou que houve consenso com várias associações de classe do empresariado como Anfavea (montadoras), APAS (alimentação), Sinditextil, Fecomércio e representantes do setor químico, entre outros.

Com isso, a orientação será que as empresas associadas à essas entidades alterem os horários de trabalho para que não haja sobreposição entre eles. Segundo sugestão do governo do estado, os trabalhadores da indústria serão remanejados para entrada entre 5h e 7h e saída entre 14h e 16h, os de serviços, entre 7-9h e 16-18h, e do comércio, entre 9-11h e 18h20h.

A medida deve reduzir o fluxo de passageiros em horário de pico e assim contribuir com o distanciamento social necessário para conter a pandemia do coronavírus.

Queda no movimento de passageiros registrado pela STM

A gestão Doria compartilhou um quadro durante a apresentação que mostra a queda no número de passageiros no sistema sobre trilhos e pneus. No geral, nesta terça-feira, circularam 61% menos pessoas na rede do que em 11 de março do ano passado, ainda antes do início das medidas de isolamento decretadas pelo governo.

A Linha 4-Amarela, como mostrou o site em outras ocasiões, é o ramal que apresenta a maior redução de demanda enquanto a CPTM e os ônibus da EMTU ainda têm um volume de passageiros mais alto.

A companhia de trens metropolitanos, aliás, tem sido alvo de reportagens recentes que mostram suas estações e trens cheios no horário de pico. A situação grave ocorre mesmo com a disponibilização de 100% da frota de trens, segundo a CPTM.

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