Com proposta de R$ 495 milhões, Constran deve assumir obras remanescentes da Linha 17-Ouro

Linha 17-Ouro: Constran deve concluir obras (CMSP)

A sessão pública de recebimento de propostas para as obras remanescentes da Linha 17-Ouro de monotrilho ocorreu nesta sexta-feira (16) e teve como melhor proposta a entregue pela empresa Constran que fez uma oferta de R$ 494,9 milhões.

Agora o Metrô fará a análise de documentos para habilitar o vencedor, ou seja, a Constran ainda precisa aguardar essa fase para ser oficialmente selecionada para prestar os serviços. Além da construtora, outros 10 grupos fizeram propostas que não contou com a participação de empresas envolvidas na operação Lava Jato. A empresa Coesa Engenharia fez a segunda melhor proposta com valor de R$ 498,6 milhões enquanto o consórcio T.A.S. Linha 17 ofereceu o valor mais alto, de quase R$ 750 milhões.

A licitação, no entanto, passou por alguns contratempos. Além de atrasar duas semanas por conta de centenas de dúvidas que surgiram entre os interessados, o certame também foi alvo de três tentativas de impugnação como a da própria Constran, que questiona a exigência de certidões pelo Metrô – todas elas foram indeferidas pela companhia.

A Constran é uma construtora com longo histórico de obras no Metrô de São Paulo. Ela foi responsável pela construção das estações Praça da Árvore e Santa Cruz da Linha 1-Azul, de parte do Pátio Itaquera, das estações Sumaré e Vila Madalena da Linha 2-Verde e da estação Adolfo Pinheiro da Linha 5-Lilás, entre outras.

A construtora também havia sido contratada dentro do consórcio Expresso Linha 6 para realizadas as obras de construção da Linha 6-Laranja pela concessionária Move São Paulo, mas que foram suspensas em setembro de 2016.

A Constran participou das obras do Metrô desde 1968 em projetos como o pátio Itaquera (Constran)

“Campo minado”

Caso tenha sua proposta homologada, a Constran terá a missão de arrumar a confusão deixada pelo consórcio Monotrilho Integração, que iniciou as obras da linha em 2012, mas acabou deixando canteiros abandonados e serviços incompletos. O grupo, que era formado pelas construtoras Andrade Gutierrez e CR Almeida além da fabricante de monotrilhos Scomi, também chegou a vencer outros dois contratos, para o pátio e quatro estações, mas foi afastado pelo Metrô por não cumprir o cronograma.

O resultado é que hoje as obras remanescentes são uma espécie de campo minado, com serviços incompletos e cuja execução é complexa como o lançamento de vigas-trilho no trecho da Marginal Pinheiros. A nova contratada também terá como escopo concluir a maior parte das estações, paisagismo e também comunicação visual, instalações hidráulicas e até recapeamento da avenida Roberto Marinho, ciclovia e edificação de um centro comunitário e esportivo para o lugar do espaço que existia no piscinão onde está o pátio de manutenção.

Atualmente, não há uma previsão sobre a inauguração do ramal que será operado pela ViaMobilidade, mas diante do cronograma divulgado para fabricação dos trens e cuja licitação ocorrerá no mês que vem, é de se esperar que a Linha 17 não comece a funcionar antes de 2022.

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