CPTM vai fazer novo leilão que inclui trens desativados

Vagões de trens das séries 1600 e 4400 fazem parte de novo lote de inservíveis. A expectativa é de que angariar cerca de R$ 7 milhões com a arremate dos itens
Trem da série 1600 que terá um dos carros leiloado (Jean Carlos/SP Sobre Trilhos)

A CPTM realizará mais um leilão de itens inservíveis, termo usado pela empresa para designar propriedades da companhia que já não atendem mais os padrões de qualidade ou que se tornaram obsoletos.. Mais uma vez vários materiais estão dispostos para a apreciação dos interessados que poderão reutilizar, reciclar ou dar a melhor destinação que acharem conveniente.

Dentre os principais itens estão dormentes de madeira inutilizados, sucata de ferro e cobre, papéis, plásticos e óleos. Destaca-se a grande quantidade de trilhos disponíveis para leilão – são aproximadamente 1.400 toneladas de trilhos usados e que não servem mais para as vias da CPTM devido ao seu nível de desgaste.

Itens gerais como material de escritório e equipamentos elétricos também estão contemplados. Ao todo serão 101 lotes disponíveis.

Carro da série 4400 que será leiloado (CPTM)

O destaque da vez vai para o lote 44 onde dois veículos ferroviários serão leiloados. Trata-se de um carro (vagão) da Série 4400 em aço carbono que operou nas linhas 11-Coral e 12-Safira e um carro da Série 1600 que foi baixado precocemente após ser reformado. Ele operou em seus últimos anos na Linha 7-Rubi e é composto de aço inoxidável.

O leilão dos materiais está previsto para ocorrer no dia 15 de outubro. Os interessados poderão acessar os lotes através do site Arrematar Online. A expectativa é que a CPTM possa angariar um valor de aproximadamente R$ 7 milhões com a venda de todos os lotes, dessa forma revertendo parte dos investimentos realizados na compra dos materiais, ao mesmo tempo que realiza o descarte sustentável destes itens.

Tentativas de preservação fracassadas

Nos dois leilões anteriores, a CPTM mudou a forma de arremate dos trens antigos. Em vez de incluir diversos carros em apenas um ou dois lotes, a companhia os separou de forma a permitir que mais pessoas e empresas pudessem mostrar interesse por sua aquisição.

A ideia era que alguns vagões pudessem ser usados em comércios temáticos ou mesmo para serem preservados. No entanto, as empresas dedicadas a reciclar os trens acabaram vencendo todos os leilões, embora pagando valores mais altos do que no formato anterior.

Trata-se de algo lamentável já que foram leiloadas composições que recentemente prestavam serviço nas linhas da CPTM como a Série 2100.

Composição da Série 2100 que foi leiloada e virou sucata (Jean Carlos/SP Sobre Trilhos)

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