Doria fala em revogar cancelamento da PPP da Linha 6 e levar linha 13 para dentro do aeroporto
Governador eleito classificou as medidas tomadas pela atual gestão do mesmo partido como “erro”

Se depender da vontade do governador eleito de São Paulo, João Doria, o cancelamento da Parceira Público Privada (PPP) com o consórcio Move São Paulo, será revogado. Doria afirmou em entrevista a rádio Bandeirantes que pretende reverter o cancelamento feito pelo atual governador Marcio França, oficializado no dia 12 de dezembro.
“Primeira semana vamos revogar esse ato. Fazer uma nova licitação significa colocar 18 meses de trabalho à frente”, disse o governador eleito. Segundo Doria, a próxima gestão deve “retomar o processo licitatório como estava previsto”. O governador eleito disse ainda que há investidores internacionais interessados.
A Move São Paulo venceu a disputa para construir e operar a Linha 6-Laranja da rede metroviária de São Paulo em 2013, mas as obras estão paradas desde 2016 por conta de problemas financeiros, e depois que as construtoras Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC, que formavam o consórcio, se envolverem em crimes investigados pela Operação Lava-Jato.
Em março deste ano, empreiteiras chinesas desistiram de retomar as obras da linha 6. A China Railway Capital e China Railway First Group não concordaram com condições estabelecidas pelo Move São Paulo.
Linha 13 próximo aos terminais de embarque
Durante a mesma entrevista, Doria disse que o novo secretário de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy de Sant’Anna Braga, deverá se reunir com a concessionária GRU Airport, que administra o aeroporto de Guarulhos, para tentar um entendimento que possibilite a construção de um parada adicional da Linha 13-Jade da CPTM dentro dos terminais. “Será uma das prioridades da secretaria de Transportes Metropolitanos corrigir esse erro, esse equivoco”, afirmou o tucano.
A linha 13 foi entregue em março de 2018, porém, a estação Aeroporto Guarulhos fica distante dos terminais mais movimentados, e o passageiro precisa utilizar uma linha de ônibus para chegar aos portões de embarque. A estação estava prevista originalmente para ficar entre os antigos terminais 1 e 2 (hoje 2), mas a GRU Airport, após vencer a concessão, impediu a obra alegando que usaria a área para construir um shopping e centro de convenções, o que acabou não ocorrendo. Para compensar a distância da estação, a concessionária prometeu criar um “people mover” que seria entregue um dia antes da inauguração da Linha 13.
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