A Estação Júlio Prestes que hoje atende apenas a Linha 8-Diamante de trens metropolitanos será alvo de uma nova reforma e restauração. A ação, que será promovida pela ViaMobilidade, operadora do ramal, deverá trazer também melhorias funcionais nesta parada ferroviária.
A quase centenária estação Júlio Prestes já passou por reformas e restaurações nos anos 1980 e 1990, algumas delas inclusive devido ao vandalismo, executadas pela gestão da Fepasa.

Atualmente o estado da estação não é dos melhores. Estruturas estão desgastadas e as paredes estão com tijolos aparentes, mostrando que a necessidade de reforma é urgente.
Segundo a ViaMobilidade, a reforma da estação deverá se iniciar a partir do teto, que será recomposto com materiais mais resistentes e com telhas translúcidas, para aproveitar a luz natural.

As estruturas de alvenaria da estação deverão passar por recomposição, sendo tratadas. A argamassa especial será implantada nos locais onde houver necessidade e pintada com tinta mineral.
A estação contém elementos históricos importantes compostos de aço e madeira. Estes itens, que fazem parte do conjunto tombado, também deverão ser preservados.
A passarela metálica da estação, implantada pela Fepasa, deverá ser removida. A retirada desse item fará com que a estação retorne às suas características originais.
Acessibilidade
Melhorias em acessibilidade deverão ser contempladas na reforma, tanto na parte interna como na parte externa da estação. Sinalização tátil deverá ser complementada, assim como guarda corpos e assentos preferenciais.
As áreas operacionais serão requalificadas com adequações em sanitários, vestiário e copa. Um gerador será instalado na estação para permitir alimentação elétrica em emergências.
Um novo sistema de comunicação e monitoramento deverá garantir mais segurança dentro da estação, sendo monitorado pelo Centro de Controle Operacional de Presidente Altino.

Breve histórico
A estação São Paulo, nome original da estação, foi construída pela Estrada de Ferro Sorocabana, na época empresa estatal, para ampliar o atendimento na cidade. Esta foi a quarta estação construída na capital.
As obras da estação se iniciaram em 1926, sendo contratados o engenheiro Samuel das Neves e o arquiteto Christiano Stockler das Neves. Ambos são igualmente responsáveis pela construção das estações do Norte (atual Brás) e Central do Brasil no Rio de Janeiro.
A crise financeira que atingiu o Brasil na época fez com que o projeto original fosse reduzido e simplificado. A priorização do ramal para o litoral adiou a conclusão da estação que foi entregue efetivamente em 1938.
Siga o MetrôCPTM nas redes: WhatsApp | Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
A estação servia aos trens de carga, de subúrbio e de longo percurso. Com o passar dos anos, apenas o serviço metropolitano se manteve ativo na estação.

A estação Júlio Prestes possui triplo tombamento. O CONPRESP, CONDEPHAAT e IPHAN reconheceram a importância da estação como patrimônio histórico, garantindo assim a preservação do conjunto.
Sem conexão com outras linhas, a estação atrai apenas 4.500 passageiros por dia, sendo uma das menos movimentadas da Linha 8-Diamante.