Estação Vila Sônia atrasa e só deve ser aberta em dezembro

Segundo governo Doria, empresa Siemens, responsável pelo sistema de sinalização, atrasou entrega do projeto. Obras estão na reta final na última estação da Linha 4-Amarela
Túnel da estação Vila Sônia: sistemas atrasaram (CMSP)

Na mesma cerimônia em que anunciou a extensão da Linha 5-Lilás até Jardim Ângela, o governo Doria também revelou a previsão de entrada da estação Vila Sônia, da Linha 4-Amarela. Segundo o secretário Alexandre Baldy (Transportes Metropolitanos), a 11ª estação do ramal deverá ser entregue apenas em dezembro.

Até então, a gestão não fazia previsões embora o Metrô de São Paulo estime concluir as obras em maio. O problema, segundo o secretário, ocorreu com os fornecedores da ViaQuatro, concessionária que opera o ramal e é também responsável pela implantação de sistemas como energia, comunicação e sinalização.

Por conta da pandemia, muitos fornecedores internacionais pararam suas atividades e um deles é a alemã Siemens, que fornece o sistema de sinalização da Linha 4. A fabricante teria previsto concluir seus trabalhos apenas em junho de 2022, mas a ViaQuatro negociou a entrega ainda em 2021, explicou Baldy.

A abertura de Vila Sônia ocorrerá em operação monitorada, ou seja, com algumas restrições de funcionamento no início.

Estação Vila Sônia em março de 2021 (iTechdrones)

Indícios de atraso

Em agosto do ano passado, durante entrevista, o secretário mencionou que problemas com fornecedores por conta da pandemia poderiam atrasar a entrega de Vila Sônia. No entanto, Baldy não deixou claro à época se isso envolvia a obra civil ou sistemas, o que agora foi revelado.

Na mesma época, o governo deixou de divulgar a previsão de abertura da estação em dezembro do ano passado, optando por prometer a conclusão das obras civis. Neste ano, os trabalhos seguem no acabamento da estação, mas é notória a ausência de cabeamento nos túneis assim como a alimentação aérea para os trens.

No entanto, não se esperava que o atraso fosse tão grande, mas vale lembrar que o trecho é totalmente novo, ao contrário de outras estações inauguradas nos últimos anos e que já contava com sistemas operando.

A Siemens torna-se, portanto, pivô de mais um atraso em obra metroferroviária em São Paulo. Ela é também a líder do consórcio C.T.A, que foi contratado para fornecer o sistema de sinalização da Linha 13-Jade, da CPTM.

Inaugurado em março de 2018, o ramal só teve o sistema concluído em fevereiro deste ano, segundo afirmou o secretário recentemente.

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5 comments
  1. Olá sr. Ricardo e amigos participantes
    Eu estava aguardando uma nova reportagem para poder relatar uma constatação feita, embora a estação tem tido farto material informativo, faltava o detalhamento do que realmente estava ocorrendo dentro dos túneis e como estava a colocação das catenárias, cabeamentos de solo, sensores e toda a parafernália que requer esse tipo de linha. Lamento pessoal a minha contagem dos dias que faltavam está encerrada. Cuidem-se todos
    Gilberto

  2. Pra uma obra enrolada há 17 anos tomem um ano a mais de espera de castigo por elegerem de novo o PSDB dos engomadinhos.

  3. Em outubro de 2021 haverá um novo anúncio: “entrega da estação Vila Sônia será em março de 2022”. Quando chegar em março, vão alegar “problemas técnicos” e empurrar com a barriga até inaugurar em setembro de 2022, um mês antes das eleições. João Dória irá fazer uma cerimônia espetacular e anunciar “toda a melhoria que está sendo feito em prol do Brasil” durante a sua campanha presidencial. O modus operandi do PSBD é o mesmo. É inacreditável como o povo cai nessa história há mais de 30 anos.

    1. e quem paga isso somos nós, olha a multa bilionaria por atraso q pagaremos a CCR. esses contratos penalizam a populaçao duas vezes, a primeira no atraso da obra, a segunda nos impostos que se esvai para o bolso das concessionarias

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