Licitações da Linha 15-Prata ficam para o próximo governo

Obras da estação Jardim Planalto agora terão abertura em 30 de novembro enquanto concessão da linha à iniciativa privada foi postergada para 11 de março de 2019
Linha 15-Prata: mais adiamentos

A primeira linha de monotrilho de São Paulo será um assunto “fresco” para o próximo governador de São Paulo. Por conta de adiamentos, duas licitações que envolvem a Linha 15-Prata terão seus momentos decisivos postergados para a próxima gestão, além é claro dos problemas com a construtora da Azevedo & Travassos, que paralisou as obras de quatro estações quase concluídas.

O tema mais importante que o novo governo terá de lidar será a concessão do ramal à iniciativa privada. O edital, publicado em 23 de março, tinha previsão de ir a leilão em junho, mas teve a data remarcada para o final de julho e novamente para 22 de novembro. Porém, o governo do estado voltou a mudar a data do certame, agora para 11 de março de 2019, portanto, já no próximo mandato.

Questionada sobre os motivos de mais um adiamento, o governo do estado respondeu o seguinte ao site: “A Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos (STM) informa que o leilão de concessão da linha 15-Prata de monotrilho foi adiado devido à quantidade e complexidade dos questionamentos recebidos de empresas nacionais e internacionais do setor interessadas em participar da concorrência que devem ser cuidadosamente analisados e respondidos. O objetivo é conceder à iniciativa privada a operação e manutenção da linha 15 pelo período de 20 anos“. A expectativa inicial do governo, ainda na gestão de Geraldo Alckmin, era de a assinatura do contrato ocorrer este ano, o que agora está fora de questão naturalmente.

Embora o adiamento deixe a concessão fora do alcance da atual gestão, a chance de uma reviravolta no próximo mandato é mínima. Os dois candidatos que disputam o segundo turno devem manter a licitação em andamento, independentemente da orientação ideológica – o atual governador, Márcio França, foi aliado de Alckmin, e João Dória é a favor do repasse de serviços à iniciativa privada.

Assinatura em 2019

A outra licitação atrasada é a da obra da estação Jardim Colonial, 11ª parada do ramal e cujo edital havia sido publicado em 14 de setembro. Nesse caso, o curto espaço de tempo de apenas 38 dias, já fazia crer que adiamentos seriam necessários para que os interessados pudessem analisar com mais calma os detalhes da licitação. Agora, o leilão está marcado para 30 de novembro e o envio de de pedido de esclarecimentos, em 9 de novembro. Caso as datas sejam mantidas, é de se acreditar que a assinatura do contrato e posterior ordem de serviço ocorram já na nova gestão estadual também.

Até lá, espera-se que o Metrô e a Secretaria dos Transportes Metropolitanos consigam resolver o impasse com a construtora responsável pelo último lote em construção, o que parece pouco provável diante da fragilidade financeira da empresa. E que também a Bombardier possa finalizar os testes com o CBTC e assim permitir que as quatro estações em testes passem a operar em horário integral e com intervalos menores – atualmente o serviço está bastante irregular e com demora tanto na velocidade quanto na partida dos trens, segundo relatos de leitores.

Com informações de Ferroviando e Diário do Transporte.

 

 

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