Linha 6-Laranja transportará 51 mil passageiros no horário de pico, prevê LinhaUni
Sistema de sinalização fornecido pela Siemens permitirá também a aplicação de intervalos mínimos de até 75 segundos, quase que dobrando a oferta estimada. Operadora planeja colocar 14 trens em serviço inicialmente

A operação da Linha 6-Laranja de metrô está em processo de delineamento. Conforme o processo de construção se consolida, as equipes de operação da LinhaUni já começam a traçar estratégias para a operação do ramal.
Durante a apresentação dos novos trens da Linha 6-Laranja foram divulgadas algumas das características da futura operação. Inicialmente está planejado o funcionamento em duas fases.
A primeira etapa de operação da Linha 6-Laranja ocorrerá entre as estações Brasilândia e Perdizes, primeiro trecho a ser aberto a partir de outubro de 2026. A extensão operacional contará com aproximadamente 8,2 km de vias e 14 trens circulando em horário de pico.
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A segunda etapa de operação deverá ocorrer posteriormente, com a abertura do trecho até a Estação São Joaquim no quarto trimestre de 2027. Nesta etapa a Linha 6-Laranja deverá ter aproximadamente 13,6 km de vias operacionais. Estão previstos 20 trens circulando no horário de pico.

O sistema de sinalização do trecho será o CBTC fornecido pela empresa alemã Siemens, que também está implantou o sistema na Linha 4-Amarela. O intervalo previsto será de 2:14 minutos no horário de pico, podendo chegar ao limite de 1:15 minutos.
Em regra, o intervalo projetado é de 25 trens por hora, representando uma oferta de 51,1 mil passageiros/hora/sentido. No cenário extremo, com intervalo de 75 segundos, a oferta praticamente irá dobrar, chegando a 48 trens/hora. Neste cenário a oferta será de 98,1 mil passageiros/hora/sentido.

Segundo dados da LinhaUni, o percurso total entre Brasilândia e São Joaquim deverá ter duração de 23 minutos. Isso representa uma velocidade média de 35,5 km/h.
O site realizou alguns cálculos e estimou que a distância média entre trens no cenário de operação plena do ramal será de 1.362 metros. Considerando o intervalo de 144 segundos planejado a velocidade média será de 34 km/h, compatível com as expectativas da concessionária.

No cenário extremo a velocidade média das composições para o atingimento do headway de 75 segundos seria de 65,3 km/h. Cabe citar que este é um cenário limite que poderá ocorrer em situações excepcionais.
Em termos gerais, a operação da Linha 6-Laranja entre Brasilândia e São Joaquim contará com dois trens como reserva operacional. O trecho também conta com estacionamentos estratégicos que permitirão a injeção e recolhimento de trens, permitindo maior fluidez e tomadas de decisão mais eficazes.
Só dois trens como reserva operacional é muito pouco e pode levar a frota ao limite, e quando precisar fazer uma manutenção mais prolongada em um ou mais trens, como é que fica? A empresa errou nessa parte, deveria ter uma frota de no mínimo 36 trens para a extensão da linha entre Brasilândia e São Joaquim, teria uma margem de segurança razoável, lembrando que máquinas como essas dão muitos defeitos, podem quebrar ou se acidentar e isso já ocorreu e ocorre em TODAS as linhas da rede, economia porca e estúpida para aquisição de material rodante!
36 é demais pra uma linha tão pequena, a reserva operacional é sempre de 5% da frota, a linha não tem demanda tão grande pra utilizar tantos trens assim, todas as linhas já operam nesse mesmo esquema desde que existem e nunca faltou trem pra linhas operarem em suas respectivas capacidades
Provavelmente a segunda fase será inaugurada em 2030. Espero estar errado.
Poderia ser um número aproximado de 36 trens sim, pelo menos uns 29 ou 30, pois a extensão de pouco mais de 15 quilômetros é semelhante à de outras linhas e a demanda não será fraca, não, pois além da demanda reprimida da Brasilândia e de toda a Região Noroeste da cidade, as integrações com linhas importantes farão a diferença! O fato é que deixar só dois trens como reserva operacional é arriscado demais, caso um tenha um defeito grave que o impeça de andar por muito tempo ou algum sinistro que o retire definitivamente de circulação, como fazer para repor de imediato?
Esse tipo de coisa não pode ser descartada, vide o caso da Linha 15, vide um trem 2070 desde os tempos que andava na Linha 09 e nunca foi usado na Linha 12 porque não conseguem mais fazer voltar, frota no limite na Linha 05 porque a Via Calamidade tem má vontade e preguiça de colocar os trens da Frota F em operação plena, sempre alegando incompatibilidade com o CBTC da linha e só porque são trens um pouco mais antigos que os Ps, acha que pode joga-los fora, até chegar um momento que alguns dos 26 trens não puderem prestar serviço de imediato e aí até encomendar novos e esperar todo o processo para repor as máquinas, a Linha 05 já colapsou de vez!
Eu acho que deveria ter mais, a empresa não pode confiar tanto assim nessas máquinas, pois a Alstom ainda tem o histórico de apresentar trens aqui no Brasil com muitos defeitos de fabricação e por isso uma margem de segurança maior não seria demais!
olha mesmo para início tá muito baixo a linha que passa na porta na minha casa leva 169.000 passageiros catracados por mês
Por mês, não diariamente…
Só para saber, quando houver a inauguração parcial do trecho (Brasilândia-Perdizes), a integração com o sistema metroferroviário será na estação Água Branca, certo?
Se for nessa estação, qual é o cronograma da REFORMA? Já que, em tese, deveria haver um planejamento em vias de conclusão e até mesmo de realização de obras civis, projetando tal acontecimento. Ou será que corre-se o risco de haver uma forma improvisada de integração e sobrecarregar a linha da ViaMobilidade, estilo linha 5 quando inaugurou as primeiras estações?
Obrigado pelos apontamentos!
Sobre a capacidade do trem, creio que a Alstom considerou a lotação de 8 pass/m². Considerei este número para o dimensionamento de oferta máxima/limite.
Quanto aos intervalos de 75 segundos: Não foi explicado em quais condições isso poderia ocorrer. Mas foi citado claramente que essa é uma capacidade do CBTC da Siemens (também propagandeada pela VQ).
No que se refere aos dados expostos pela concessionária: Parto do principio da boa fé e confiança nas informações.