Metrô conclui instalação de portas de plataforma na Linha 5-Lilás

Única estação que ainda não contava com equipamento de segurança, Santo Amaro passou a operar comercialmente com as fachadas neste domingo
Portas de plataforma na estação Santo Amaro (CMSP)

Após uma longa espera, o Metrô de São Paulo finalmente concluiu a instalação das portas de plataforma na Linha 5-Lilás. Depois de sucessivos atrasos na entrega e implantação pela canadense Bombardier (atualmente parte da Alstom), a partir deste domingo, 20, pode-se afirmar que o equipamento está em operação em todas as suas 17 estações, meta que deveria ter sido atingida em 2021.

A única estação que ainda não possuía as fachadas ativas, Santo Amaro passou a operar comercialmente, conforme anúncio do presidente do Metrô, Silvani Pereira, em suas redes sociais. Com isso, finaliza-se um processo que levou quase oito anos, desde que a estação Adolfo Pinheiro foi aberta.

A instalação das portas de plataforma, também conhecidas pela sigla em inglês PSD (Platform Screen Doors), foi contratada juntamente com o sistema CBTC, de controle de trens, como parte do projeto de expansão do ramal localizado na Zona Sul. Originalmente, o Metrô abriu a Linha 5 em 2002 com o sistema ATC em seis estações, mas a segunda fase, com outras 11 paradas, previu as portas de plataforma desde sua concepção.

A Bombardier, no entanto, teve inúmeros atrasos na sua implantação. Em 2014, a estação Adolfo Pinheiro, primeira da nova fase, foi aberta com PSDs operando de forma provisória. Quando o governo Alckmin inaugurou as estações Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin em setembro de 2017, apenas a última contava com estruturas parciais montadas. Já ciente dos problemas com a empresa canadense, o Metrô finalizou várias estações com plataformas integrais, sem marcação para o encaixe das fachadas.

Portas de plataforma da estação Adolfo Pinheiro, que estrearam em 2014 (CMSP)

Depois de trocar de fornecedor, a Bombardier enfim conseguiu resolver os gargalos e iniciar um cronograma factível, mas que mesmo assim somente agora foi concluído. Agora a Linha 5 se junta às linhas 4-Amarela e 15-Prata como as que possuem portas de plataforma em todas as estações.

A Linha 2-Verde, por sua vez, oferece o recurso em quatro das 14 estações enquanto a Linha 3-Vermelha, apenas em uma. Já a Linha 1-Azul já conta com as estruturas finalizadas em Jabaquara e Tucuruvi, porém, ainda não operacionais, o que é previsto para este mês.

Nos próximos anos, a maior parte das estações de Metrô em São Paulo terá PSDs, o que amplia a segurança para os passageiros e reduz atrasos e imprevistos.

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17 comments
  1. Fui e continuo sendo contra essas portas se a linha não for se tornar automática 100%, mas já que essa já é uma discussão perdida, então que resolvam logo os problemas e todas as estações ganhem elas logo.

    Observação: Sei que as portas aumentam a segurança, mas mundo afora poucos Metros utilizam isso, então não vejo porque São Paulo tem que ser diferente.

    1. São Paulo tem que ser diferente porque nenhum país ou cidade é igual a outra. O Metrô de SP tem que continuar evoluindo tecnologicamente e oferecer mais segurança à seus usuários.

      São Paulo merece o melhor, e não é porque não se utiliza fora do país, que não devemos usar, ponto para o nosso Metrô 😉

      1. Correto! Melhor prevenir e investir em segurança do que remediar. Ainda bem que estamos fazendo direito!

    2. A tendência é se tornar 100% automática. Com a evolução da implantação do sistema CBTC em todas as linhas, o caminho natural é todas as linhas serem automatizadas.

    3. Desculpa, esse equipamento é essencial para quem utiliza o Metrô.
      Assim, evita acidentes como já houve inúmeros conhecidos e evita que pessoas venham se jogar no meio dos trilhos; até poderia ser uma receita um pouco mais a diante com a divulgação de empresas, serviços da companhia e informações a população usuária.

    4. E por que o de São Paulo tem que ser igual? Além de aumentar a segurança, ajuda muito no fluxo de pessoas, incrivelmente, com PSD’s as pessoas fazem fila pra entrar e aguardam o desembarque.

    5. A verdade é que metrô de sp é referencia no mundo pra muita coisa e tem uma das maiores demandas por km do mundo, nós precisamos das portas pro perfil de usuário que temos, vários sistemas famosos e antigos do mundo não faz metade do que o de sp faz, antes investir em tecnologia do que sucatear e virar um lixão como é sistema de algumas capitais famosas do mundo (NYC é de vc mesmo q eu to falando viu)

    6. Concordo plenament contigo, alias acrescento q certament, conhecendo esse pais como conhecemos, na aquisiçao dessas malditas portas e instalaçao muita grana correupor cima dos panos, e muita gente aumentou seus patrimonios.

  2. Olá pessoal
    Ontem 19/03 por volta de 11:20, eu estava no poupa tempo Santo Amaro e tive que ir correndo para o da Sé, a linha Lilás em direção a Sta. Cruz estava muito cheia e após a maratona de escadas rolantes na Sta. Cruz cheguei na plataforma da linha Azul e pra variar lotada, lembrei do acidente com a criança e pensei como foi fácil instalar as portas na linha Lilás que está sendo gerenciada por terceirizada, e a linha azul a mais antiga continua com as armadilhas sem datas definitivas para a instalação das mesmas em todas as estações, mesmo já tendo ocorrido o acidente fatal da criança e outros tanto que caem nos trilhos. Na Sé e Luz a mesma encrenca, tão esperando o que.?

    1. A linha “terceirizada”, por ser nova, conta com sistema CBTC já implantado. A Linha 1 – Azul, a mais antiga do Brasil, ainda não possui esse sistema operante e, por isso, não pode ter PSD’s. O Metrô está na reta final de instalação do CBTC e graças a ele as portas estão sendo colocadas no Tucuruvi e no Jabaquara. Em breve, todas as estações da Linha 1 terão este equipamento.

      1. Linha lilás nova? só a parte que sai de Santo Amaro para a Chácara Klabin, a outra parte tinha mais defeitos que a linha Azul e até camelô fugia pelos trilhos lá e não ouve problemas para a implantação das portas. Caro Sr. Lucas o que há de fato é a falta de vontade politica, e eu aqui em SP só conheci um cara que dizia eu vou fazer e fazia e eu não ia com a cara dele por ser do partido dos militares, e tinha mais ele não mandava secretario para ver como estava o andamento das obras, ele mesmo ia. Ai o Sr. me dirá “más ele era isso ou aquilo”, será que é muito diferente do que vemos hoje. Abraços

        1. Você ignorou completamente a resposta dele, voltando a dizer a L1 não tem CBTC operante ainda, a L5 tem CBTC operando há mtos anos, e mesmo antes do CBTC só uma estação tinha as PSDs o limite que uma linha tem já que PSD sem CBTC torna a operação mais lenta, imagine 10 estações com PSDs funcionando manualmente? receita pra dar errado, não é falta de vontade, é burocracia e cronograma sem CBTC pronto não adianta ter as PSDs

          1. Kiritsu, tudo bem
            O Sr. é que não entendeu as minhas considerações, se não moderniza os sistemas, não melhora a qualidade da linha, não investe em melhorias, só pensam em iniciar novas linhas e empurrar para o próximo governo essas encrencas, e os sistemas que estão sendo instalados não foram pensados nas portas, mas sim no menor intervalo dos trens e só depois é que vai (se é que vai) colocar esse equipamento de segurança. Eu enfatizo novamente, sem vontade dos políticos e interesse econômicos envolvidos, não tem obras.

  3. Vejam aqui um dos motivos que encarecem os valores de construção de linhas de metrô: empreiteiras que fingem concorrer entre elas numa licitação de cartas marcadas:
    https://portal.conlicitacao.com.br/…/proposta-mais…/
    1º A responsabilidade pela adaptação dos trens fabricados pela Alstom (Alstom-Metrópolis), mais conhecidos como Frota F para operar com o sistema CBTC-Controle de Trens Baseado em Comunicação, caberia à Bombardier em substituição ao ATC nos trens antigos pela atual Frota P, fabricada pela CAF foi bancada pelo Metrô.
    2º Da mesma forma um reforço da instalação em toda a extensão da Linha 5-Lilás, em que foram usados 48 km de cabos para proporcionar uma melhoria na confiabilidade no sistema de distribuição da alimentação elétrica.
    3º Também as instalações das portas mencionadas de todas estações desta Linha 5-Lilás ficou a cargo do Metrô.
    Da mesma forma causa estranheza que os custos e a administração destas instalações e modernizações administradas pelo Metrô, e não pela concessionária, fica comprovado que estas concessões do PSDB são um negócio de pai para filho, e o risco econômico da concessionária é praticamente zero!
    Se entrega o filet mignon e fica com o osso e será mais uma vez o estado subsidiando o privado, se privatiza o lucro e socializa o prejuízo, e após isso ocorrer não adiantará ficar reclamando.
    Alô Ministério Público, vocês deveriam fiscalizar melhor estas concessões, pois trazem prejuízo para o Estado e consequentemente a população.

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