Metrô irá conceder espaços comerciais de forma integrada nas estações da Linha 1-Azul

Licitação, cujos detalhes serão conhecidos na próxima terça-feira, envolve a concessão de áreas comerciais em 19 das 23 estações do ramal
Estação Sé do Metrô (CMSP)

O Metrô de São Paulo anunciou neste sábado (23) no Diário Oficial o lançamento da licitação de concessão de uso de áreas comerciais em 19 das 23 estações da Linha 1-Azul. Os detalhes do edital só serão revelados na terça-feira, dia 26 de janeiro, mas tudo indica se tratar de uma modelagem semelhante à realizada na Linha 2-Verde, onde foram oferecidas áreas nas 14 estações.

No aviso, a companhia apenas descreve que a empresa/consórcio que vencer o leilão, previsto para o dia 26 de fevereiro, assumirá os “encargos de planejamento, reforma, modernização, construção, implantação e gerenciamento das áreas comerciais, incluídas todas as despesas de administração, conservação, manutenção, operação, limpeza e vigilância da área comercial e dos sanitários públicos a serem implantados”.

Em outras palavras, o Metrô pretende repassar a apenas um grupo esses espaços comerciais em troca de um aluguel mensal acrescido de participação na receita da concessão. De quebra, essa empresa ficará encarregada de preservar parte da área das estações, aliviando custos para o governo.

Ramal mais antigo do Metrô, a Linha 1-Azul era a mais movimentada do sistema até antes da pandemia. Em 2020, ela perdeu o posto para a Linha 3-Vermelha, mas ainda assim recebeu mais de 200 milhões de passageiros. Possivelmente, as quatro estações excluídas no edital incluam as que são associadas à shoppings como Santa Cruz e Tucuruvi, mas essa informação só será conhecida na terça-feira.

A expectativa é que a licitação possa gerar mais receita que o contrato da Linha 2, cujo vencedor, a empresa Ductus Empreendimentos, pagou R$ 10,6 milhões como parcela inicial para assumir 1.400 m² de área comercial.

Diante do prejuízo de R$ 1,7 bilhão em 2020, o Metrô necessita urgentemente ampliar suas receitas não-tarifárias, ou seja, que não envolvam diretamente o transporte de passageiros. No ano passado, essa receita foi de R$ 166,8 milhões contra R$ 247,2 milhões em 2019, mas a participação na receita bruta da empresa cresceu, indo de 8,2% para 11%.

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