Passarela da estação João Dias (Linha 9) será instalada neste fim de semana

CET interdirá a Marginal Pinheiros para que estrutura metálica seja posicionada sobre os pilares da plataforma e prédio de acesso
Visão aérea das obras da estação João Dias (iTechdrones)

A obra da futura estação João Dias, da Linha 9-Esmeralda, terá mais uma prova de sua velocidade incomum de construção. Neste domingo (24) e madrugada de segunda-feira, a Telar Engenharia, empresa responsável pelo serviço, içará e instalará a passarela metálica que ligará o prédio de acesso à plataforma.

Para isso, a CET a pista expressa da Marginal Pinheiros no sentido Castelo Branco entre a Rua Mário Lopes Leão e a Ponte Laguna entre 22h e 6h do dia seguinte. A alça de acesso à ponte Edson de Godoy Bueno também será fechada ente 18h00 de domingo e 12h00 de segunda-feira. Já a pista local da Marginal será fechada entre 04h00 e 06h00 do dia 25.

Segundo a CPTM, as obras consistem de cinco etapas: montagem  de  guindastes, lançamento  da  passarela  sobre  a  Linha  de  Eixo, deslocamento  da  passarela  para  a  posição  de içamento, lançamento da passarela e desmobilização.

Em imagem recente do canal iTechdrones é possível notar que a estrutura metálica do acesso, com suas características linhas curvas, já foi montada nos últimos dias enquanto do outro lado a base para escadas e elevadores também avançou. A passarela, por sua vez, está sendo finalizada sobre a parte norte da plataforma enquanto a construtora começa a montar a parte sul.

Obra bancada pela iniciativa privada, a estação João Dias será entregue em 2022, segundo o governo do estado. Documentos que constam do edital de concessão da Linha 9-Esmeralda citam que a conclusão das obras em outubro deste ano, mas eles não incluem as vias, rede aérea e sistemas, a cargo da CPTM.

Projeção da estação João Dias (Divulgação)

 

 

Total
0
Shares
Antes de comentar, leia os termos de uso dos comentários, por favor
7 comments
  1. Bacana, essa estação vai ser muito boa pra ir pro parque Burle Marx . Quanto a iniciativa privada, ela começou essa obra pensando em ter retorno com os escritórios, antes da pandemia estourar. Com o home office em ascensão por causa da pandemia, será que os investidores terão o retorno esperado com essa obra? Será que vai ter muita empresa interessada em ter escritório lá? E pra quem diz que só empresa privada faz obras, quero ver empresa privada construindo linha de trem na periferia, tipo na própria linha 9 em Parelheiros por exemplo. Empresa privada só investe onde vê retorno, não por caridade com o povão.

    1. No Brasil transporte coletivo é de exclusividade do Estado brasileiro, sendo só permitido a concessão para a iniciativa privada. Se fosse permitida a livre iniciativa para o transporte coletivo, aí poderíamos testar essa sua tese Gabriel.

      Lembra que o serviço de taxi também era, – inclusive, dar uma carona remunerada é crime no Brasil – porém veio os aplicativos como Uber, 99, Lyft etc que ilegalmente começaram a operar seus serviços no país. O Estado brasileiro quase conseguiu banir esses serviços, mas graças a pressão popular não o fizeram.

      Nenhum negócio econômico é feito por caridade, e sim para ter retorno financeiro (lucro) atendendo à alguma necessidade do “povão” (demanda). Mas quando certo serviço é de exclusividade do Estado brasileiro, como portos, aeroportos, ferrovias, hidrovias, rodovias, telecomunicações etc sendo apenas executadas e administradas – mas não planejadas – mediante à leilões e outorgas estatais (como o transporte coletivo), entramos em outro tipo de situação.

      1. Pode permitir a livre iniciativa pro transporte, fiquem á vontade! Me lembrei daquelas vans “fora do sistema” que rodavam por São Paulo até meados de 2003 e só acabaram na gestão da Marta, elas eram uma maravilha mesmo. Sqn.

        Transporte é negócio econômico ou benefício social? To aguardando liberarem a pobre iniciativa privada ter a oportunidade proibida pelo malvado Estado em expandir a linha 9 até Parelheiros. Imagino o lucro que ela terá fazendo uma linha dessas pra atender a população de lá. Já te adianto que não haverá lucro, a empresa privada não fará e a população de Parelheiros continuará desassisitida dessa transporte, já que o Governo de São Paulo também só olha pela ótica do lucro.

        1. Não terá lucro? A linha 5 em 2019 apresentou lucro de R$60 milhões para a concessionária, inclusive noticiado aqui neste portal. É um bom exemplo para mostrar que pode ser um negócio viável para o livre empreendedorismo.
          Mas os burocratas não gostariam que tais “infraestruturas” virem meros empreendimentos como abrir lojas ou parques pois isso representaria perda do poder estatal de controlar, ou como eles dizem perda de “influência política”.

          1. Em que momento eu mencionei a linha 5? Em todo caso, essa linha foi construída pelo Estado, a iniciativa privada não deu um centavo pra construir ela e agora a opera depois de ter ficado pronta. Esse lucro foi todo de mão beijada da iniciativa privada sem ela ter investido nada, olha só que beleza. Essa linha dá lucro justamente por chegar em áreas mais nobres da cidade, por que a linha 5 não era concedida enquanto ainda era só do Capão Redondo até Largo Treze? É o que eu tô falando, iniciativa privada nunca vai fazer nada de infraestrutura pra lugares que ela não enxergar lucro, só vai fazer (se fizer) se tiver toda uma estrutura e uma demanda pronta pra ela.

          2. Toda linha concedida terá lucro, essa é uma cláusula contratual, caso contrário nenhuma empresa assume. Então os 60 milhões de lucro da linha 5 é muito mais fruto de uma compensação estatal, do que merito da concessionária. E como todo o rendimento das concessionárias vem da câmara de compensação, acaba que a CPTM e metrô mantém o lucro da CCR. A questão não é a concessionária operar bem ou não, mas sim o custo que isto tem no erário público e o reflexo nas linhas estatais. Se as concessionárias colocassem dinheiro do bolso e assumissem o risco , maravilha! Mas não é isso que acontece. O estado não pode sob o pretexto de priorizar recurso ou melhorar a qualidade fazer dos transportes um balcão de negócio. Olha o exemplo da supervia, 5,90 a tarifa, sem integração e péssimo serviço. Vc acha que com o andamento das concessões SP não irá pro mesmo caminho? Quando CPTM e metrô não for suficiente para bancar o lucro das concessionárias e o lucro delas depender de repasse do tesouro, como a coisa fica? O próprio presidente da via quatro já se mostrou cauteloso com a entrada de novos concessionários em entrevista ao jornal valor econômico.

Comments are closed.

Previous Post

Apenas dois grupos fazem proposta para projeto de adequação da estação São Joaquim

Next Post

Metrô irá conceder espaços comerciais de forma integrada nas estações da Linha 1-Azul

Related Posts