Metrô pretende investir quase R$ 900 milhões para ampliar frota de trens das linhas 1 e 3

Plano da companhia é incluir 22 composições em orçamento para expansão da Linha 2-Verde, sendo 16 unidades para a Linha Azul e seis para a Linha Vermelha
Trens das linhas 1, 2 e 3: reforço de frota no futuro (CMSP)

O Metrô de São Paulo revelou no primeiro semestre que pretende encomendar 44 novos trens para reforçar a frota das linhas 1, 2 e 3. A informação consta do Relatório Integrado de 2019 que explica que metade dessas composições será usada na extensão da Linha Verde e a outra metade, nas duas linhas mais antigas da capital paulista, sem detalhar em que proporção.

Segundo um documento da companhia enviado à Assembléia Legislativa, essa encomenda de 22 trens prevê que 16 deles serão usados na Linha 1-Azul e os outros seis, na Linha 3-Vermelha. A ampliação da frota é justificada como reflexo da melhoria na operação dos dois ramais, que passam pela implantação do sistema CBTC atualmente.

A companhia pede à Assembléia que aprove uma mudança na autorização dada pela Lei Estadual nº 15.427 de 22 de maio de 2014, que permitiu que o governo contraísse empréstimos para viabilizar a Linha 2-Verde até Dutra. A ideia é que a compra dos 22 trens extras seja incluída nesse projeto.

Segundo estimativa do Metrô, as 22 composições devem custar perto de R$ 900 milhões, ou pouco mais de R$ 40 milhões por unidade. Os outros 22 trens que serão usados na Linha 2 têm uma média de custo um pouco menor, de R$ 858 milhões. Vale ressaltar que as frotas de trens das três linhas podem circular em qualquer uma delas, com raras exceções. Isso porque eles possuem as mesmas características técnicas, como bitola (1.600 mm), alimentação elétrica por terceiro trilho e dimensões gerais, além de usarem os mesmos sistemas de controle.

O trecho em construção da Linha 2-Verde

Ao todo, o governo prevê investir R$ 8,6 bilhões na primeira fase da extensão da Linha 2 até Penha. Desse montante, R$ 5 bilhões serão gastos com as obras civis, R$ 2 bilhões com sistemas e material rodante, R$ 600 com desapropriações, além dos R$ 893 milhões para os 22 trens das linhas 1 e 3. O cronograma do Metrô prevê que as oito estações sejam inauguradas entre 2025 e 2026.

No entanto, o ritmo de desembolsos no projeto está bem abaixo do planejado. Segundo o cronograma da companhia a expansão da Linha 2 deveria receber investimentos de quase R$ 347 milhões em 2020, porém, até setembro, o Metrô havia dispendido apenas R$ 60 milhões, ou 17% do total original. Em relatório recente, a companhia reduziu a previsão para R$ 272 milhões, mas nem essa meta parece factível.

Como mostrou o site, as obras caminham de forma lenta ainda, afetadas em parte pela pandemia, mas também por questões burocráticas e financeiras do estado.

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