Linha 13-Jade passa a contar com segundo trem chinês

Composição da Série 2500, fabricada pela Temoinsa-Sifang, é o primeiro de sete trens prometidos até o fim do ano, diz governo Doria
Segundo trem da Série 2500 na estação Eng. Goulart (Renato Lobo/Via Trolebus)

Quase nove meses depois, a Linha 13-Jade passou a contar com mais um trem da Série 2500. Nesta quinta-feira, 22, o governador João Doria e o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, entregaram oficialmente a composição U508, a segunda do modelo chinês, fabricado pelo consórcio Temoinsa-Sifang. A gestão disse que os seis trens restantes serão liberados para operação até dezembro, completando as oito unidades encomendadas. Baldy ainda sinalizou que três desses trens serão colocados em operação nas próximas três semanas.

A Série 2500 é a primeira adquirida pela CPTM em que a produção foi feita totalmente no exterior. Até então, a companhia havia fechado contratos com empresas estrangeiras com instalações no Brasil como Siemens, CAF, Alstom e Hyundai-Rotem. A licitação dos oito trens, no entanto, acabou sendo vencida pelo grupo chinês Sifang-CRRC, que fechou uma parceria com a empresa brasileira Temoinsa.

Os oito trens foram entregues entre setembro do ano passado e o começo de 2020, um tempo bastante menor que composições fabricadas em território nacional. Porém, a pandemia interrompeu o processo de testes da maior parte das composições – apenas uma, a U504, foi entregue em fevereiro.

Sinalização atrasada

Com a chegada dos novos trens da Série 2500, a CPTM poderá reaproveitar os Série 9000 deslocados para a Linha 13-Jade. Mas essas composições terão pouco a fazer já que o ramal está operando de forma limitada por conta da quarentena, sem oferecer o serviço Connect e o Expresso Aeroporto. Apenas dois trens operam durante o dia com intervalos bastante altos.

O gargalo está justamente no sistema de sinalização, responsabilidade do consórcio C.T.A, liderado pela Siemens. A implantação, antes prevista para agosto, agora só ficará pronta no início de 2021. Sem essa tecnologia, é impossível reduzir os intervalos para até 8 minutos e assim oferecer mais viagens e de forma mais rápida. Essa situação acaba se refletindo na baixa demanda já que poucos passageiros se aventuram a usar o serviço que, além do mais, exige muitas baldeações para chegar a vários destinos.

O governo Doria, no entanto, não diz quando o Connect e o Expresso Aeroporo serão retomados. O primeiro, que atende a estação Brás, era o que mais atraía usuários.

Linha 13 ainda opera com intervalos altos e velocidade baixa

People Mover

O governo foi questionado pela imprensa geral sobre as tratativas a respeito do People Mover que ligará a Linha 13 aos três terminais do Aeroporto de Guarulhos. Após reuniões no ano passado com o Ministério da Infraestrutura, ficou determinado que a concessionária GRU Airport fará a implantação do transporte automatizado com recursos retirados da outorga paga ao governo federal.

No entanto, o processo tem seguido de forma lenta, exigindo mudanças em contratos e a aprovação do TCU (Tribunal de Contas da União). O asssunto acabou esfriando com a pandemia, mas Alexandre Baldy afirmou que a GRU já elegeu o sistema que adotará, sem no entanto revelar qual empresa foi escolhida.

O governador acrescentou que terá uma reunião com o ministro Tarcísio Freitas no dia 10 de novembro e espera trazer novidades sobre o assunto.

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