Obras de quatro estações da Linha 15-Prata serão relicitadas em 2019

Jardim Planalto em junho (Reprodução/Consulgal)

O Metrô anunciou nesta quinta-feira (1) que rescindiu dois contratos que mantinha com a empresa Azevedo & Travassos por abandono da obra na Linha 15-Prata. O primeiro deles previa o paisagismo e ciclovia no trecho entre a estação Vila União e São Mateus e outro, envolvia as obras de finalização de quatro estações – Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus.

Para o paisagismo e ciclovia, o Metrô consultou a segunda colocada na licitação que caso aceite assumir o restante dos trabalhos deve conclui-los até abril de 2019. Já para as obras de finalização das quatro estações, a segunda colocada nesse certame não demonstrou interesse em conclui-la o que obrigará o governo a relicitar o trecho. Segundo o Metrô, o novo edital será publicado em dezembro e a expectativa é que as obras sejam retomadas em abril com conclusão em outubro do ano que vem.

Há alguns meses a construtora Azevedo & Travassos passou a reduzir o efetivo de funcionários nos canteiros até que ela abandonou a obra em setembro. A empresa passa por sérias dificuldades financeiras e nem mesmo a perspectiva de receber pelo serviço do Metrô (que diz estar com os pagamentos em dia) a motivou a concluir seu contrato. De acordo com um executivo do Metrô, falta pouco para que as quatro estações sejam entregues, cerca de 15 dias no caso de Jardim Planalto e 45 dias para as demais.

O problema entra para uma longa lista de dificuldades que a Linha 15 passa desde sua implantação. Atualmente, o ramal também sofre com o atraso da entrega do sistema de sinalização CBTC pela Bombardier que impede que quatro outras estações passem a operar em horário integral – há dificuldades com o funcionamento das portas de plataforma, segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos.

Antes disso, a linha também teve seu prazo prorrogado por conta de problemas com o desvio do córrego da Moóca que impediu as estações fossem construídas. Além disso, o trecho entre a estação Jardim Colonial e Cidade Tiradentes não saiu do papel por falta de recursos e também pelo fato de avenida Ragueb Chohfi precisar ser alargada, obra que a prefeitura de São Paulo diz ser de responsabilidade do Metrô: “a duplicação da Av. Ragueb Chohfi passou a ser atribuição do Metrô. Quanto as desapropriações, a SPTrans não as fez”, diz nota enviada ao site.

Com o novo atraso na linha, a expectativa de a rede do que se convencionou chamar de “metrô” em São Paulo não chegará à marca de 100 km. O trecho restante da Linha 15 acrescentaria pouco mais de 6 km de trilhos, elevando o total das seis linhas existentes para cerca de 102 km – hoje são 96 km mais 273 km da CPTM.

 

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