O presidente da CPTM, Pedro Moro, anunciou nesta semana que a estação Palmeiras-Barra Funda, das linhas 7-Rubi (Jundiaí-Brás) e 8-Diamante (Itapevi-Júlio Prestes), passará por um processo de revitalização.
Nesta parada atualmente circulam em média 78 mil passageiros por dia. Antes da pandemia a média girava em torno de 156 mil passageiros. Há ainda a conexão com a estação homônima da Linha 3-Vermelha do Metrô e ao Terminal Rodoviário de Ônibus, que atende principalmente cidades do interior do estado de São Paulo.
Segundo a empresa, todo piso da estação será substituído. A superfície emborrachada será trocada por granito para facilitar a limpeza, além de possui uma manutenção mais duradoura. A conunicação visual também será toda refeita com o novo layout que a CPTM já aplica nas novas estações. Pedro Moro ainda salientou que haverá a instalação de uma nova escada rolante nas plataformas 7 e 8 da estação e que todas as lâmpadas serão substituídas por 2.369 modelos LED.
Todas as obras irão melhorar a vida dos nossos passageiros e serão feitas de modo a gerar o menor impacto possível no dia a dia dessas pessoas”, garantiu Moro. Os editais devem ser publicados no decorrer do final de 2020 até meados de 2021. Caso tudo ocorrer como previsto, o início das obras está programado para janeiro de 2021.
Vale lembrar ainda que, em julho, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, disse que há a intenção de levar a Linha 13-Jade até a estação Palmeiras-Barra Funda – hoje o ramal opera até Engenheiro Goulart, além de ter algumas viagens terminando em Brás e Luz (relembre aqui).

Opinião do editor
O anúncio da reforma de Palmeiras-Barra Funda, mesmo que apenas da CPTM, é uma boa notícia, porém, denota um grande descompasso entre os planos da atual gestão Doria.
Uma das maiores de São Paulo, a estação é alvo de outros três projetos, um que envolve o Trem Intercidades, um que prevê a concessão das linhas 8 e 9 e outro que propõe criar ali um pólo multimodal com potencial de revitalizar a região. Os dois prometem mudar a cara de Palmeiras-Barra Funda, mas a falta de horizonte para saírem do papel torna essa intervenção da CPTM uma solução provisória para dar mais conforto aos passageiros.
O ideal, no entanto, é que essa reforma fizesse parte do mesmo escopo mais ambicioso do governo e que fosse bancada pela iniciativa privada. O receio é que a obra fique pronta quando o espaço seja concedido e com isso corre-se o risco desse trabalho ser inútil se o futuro operador do complexo tiver outros planos para ele.