Com contratos suspensos até 2023, a extensão da Linha 2-Verde do Metrô até o município de Guarulhos ganhou uma previsão na manhã desta quinta-feira, 19. Em entrevista ao Bom Dia São Paulo, da TV Globo, o secretário Alexandre Baldy (Transportes Metropolitanos) prometeu que a obra deverá ser entregue em 2028.
O chefe da STM afirmou que estão ocorrendo desapropriações no trecho entre Penha e a futura estação Dutra e que permitirão que as cinco estações restantes – Penha de França, Tiquatira, Paulo Freire e Ponte Grande, além de Dutra – saiam do papel.
A data é apenas dois anos posterior à previsão de entrega de quatro estações já em construção – Santa Isabel, Guilherme Giorgi, Aricanduva e Penha -, que devem ficar prontas em 2026.
Como mostrou o site no ano passado, o Metrô suspendeu até março de 2023 os contratos de quatro lotes que envolvem o novo trecho de 6 km.
Segundo um documento da companhia referente à março, os pontos críticos do projeto estavam justamente a necessidade de emissão de novos decretos de desapropriação para imóveis que não haviam sido incluídos em decretos anteriores, cuja validade expirou em março de 2019.
O trecho Paulo Freire-Dutra está em situação mais atrasada: lá não havia ainda emissão do DUP (Decreto de Utilidade Pública). Entre os argumentos explicados no relatório estavam a falta de recursos financeiros.
Desde então, não se tem notícia de que o Metrô tenha resolvido esses problemas. O trajeto até a estação Dutra inclui também o pátio Paulo Freire, que deverá assumir as principais áreas de manutenção do ramal.

8 mil famílias a serem reacomodadas
Baldy também forneceu um prazo de entrega para a estação Jardim Colonial, da Linha 15-Prata. A 11ª parada do ramal de monotrilho tem previsão de inauguração em outubro, segundo ele.
O secretário também fez questão de enaltecer que essa obra, assim como a estação João Dias (Linha 9-Esmeralda), serão entregues dentro do mesmo mandato em que começaram a ser construídas.
A afirmação é correta até certo ponto já que todo o processo de projeto, desapropriações, preparação do edital e sua licitação começaram em governos anteriores, o que possibilitou que a assinatura desses contratos ocorressem no início da gestão Doria.

Além disso, é importante lembrar que a construção de Jardim Colonial só levará pouco mais de dois anos por conta do modal de monotrilho ter uma implantação mais rápida que obras subterrâneas. Já a estação João Dias merece todo crédito para a empresa Brookfield, que banca o projeto e fiscaliza sua execução junto à construtora Telar.
A apresentadora do jornal, Michelle Barros, então cobrou de Baldy um panorama sobre o futuro das fases 2 e 3 da Linha 17-Ouro, que estão suspensas.
No entanto, o secretário não forneceu qualquer data, apenas afirmando que o trecho até Jabaquara está sendo avaliado por conta da necessidade de remover cerca de 8 mil famílias do trajeto por onde o monotrilho passará.
Apesar de ter prometido novidades sobre o trecho 3, entre Morumbi e a estação São Paulo-Morumbi, na semana passada, o executivo da STM não abordou o assunto na entrevista.