Trem Intercidades até Campinas deve ser operado com veículos de dois andares

Composições do modelo “double decker” têm a vantagem de oferecer boa capacidade de passageiros sem necessitar de grandes plataformas nas estações
O trem “double-decker” KISS160 que será usado na Califórnia (Stadler)

Sugestão recebida durante as sondagens de mercado realizadas pelo governo do estado, a adoção do trem “double decker” (dois andares) deve ser priorizada no edital do Trem Intercidades Eixo Norte (São Paulo-Campinas).

Com cerca de 150 metros de comprimento, esse tipo de trem, também chamado de “bilevel”, pode representar metade do espaço ocupado na plataforma por uma composição de apenas um piso. Em informações preliminares fornecidas pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos, a configuração tradicional pode exigir plataforma com mais de 300 metros de comprimento, bem acima do que se vê nas estações da CPTM, cujos trens têm cerca de 170 metros, com oito vagões.

Por outro lado, os trens “double decker” oferecem uma capcacidade de passageiros de aproximadamente 860 lugares em vez de 1.200 assentos nos modelos de andar único e 12 vagões. Isso exigiria no futuro que mais partidas ocorressem para dar conta de um possível aumento na demanda.

Perfil de um trem de dois andares (Stadler)

A vantagem é que as atuais plataformas e mesmo as que forem construídas dentro do projeto poderão ser utilizadas por qualquer modelo de trem, caso seja necessário. A viagem entre São Paulo e Campinas deve levar 64 minutos, com uma parada apenas, em Jundiaí.

O investimento previsto na aquisição de novos trens pela futura concessionária é de R$ 1,65 bilhão. Anteriormente, a STM havia calculado que serão necessários 15 trens para o Trem Intercidades, além de sete composições semelhantes às usadas pela Linha 7-Rubi na operação do Trem Intermetropolitano, entre Francisco Morato e Campinas.

Como revelou este site, o governo Rodrigo Garcia estaria planejando publicar o edital do TIC Eixo Norte ainda em agosto, com a realização do leião em novembro.

Andar superior de um trem ‘double-decker’ (Stadler)

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34 comments
    1. Pra ser um TAV precisaria de muito mais investimento do que o planejado, fora que o trajeto não permite que o trem corra numa velocidade tão alta.

    2. Os Trens do serviço TIC (TREM INTERCIDADES) não serão de fabricação brasileira e sim vai vim do exterior, provavelmente a BYD OU BOMBARDIER+ALSTOM (lá de fora) se juntem para fabricação.

    3. Boa tarde!

      A operação por esse modelo de composição é interessante, mas tem um problema nompercurso da capital até campinas. No treino entre a estação de Franco da Rocha e estacoa de Botucatu, tem um tuner, acredito que o pé direito e baixo. Tem que analisar esse ponto que envolve infraestrutura.

      Atenciosamente.

      1. TAV além de precisar de ferrovia relativamente plana e ter curvas suaves, não deve ter muitas passagens de nível. Não é seguro haver cruzamentos rodoviários com ferrovias de alta velocidade.

  1. Um trem de Dois Andares seria maravilhoso, ficaria lindo escrito “VIA MOBILIDADE CONECT SP” ,mas acho improvável que tenha ,pois a concessionária teria que retirar dinheiro do bolso dela para fazer expansão da largura dos Túneis existentes. Ja que os Túneis mal comportam o tamanho dos trens da cptm (com pantógrafos) , imagina os Double-Decks.

  2. Os trens de dois andares podem ter a mesma altura dos trens atuais, não necessariamente serem mais altos e podem perceber isso em diversos trens regionais europeus, muitos são assim. No caso de construir um TAV, só seria viável se fosse para ir até o Rio de Janeiro e outros estados como em projetos das décadas retrasada e passada que não vingaram por falta de planejamento, corrupção, incompetência e recursos, senão fosse tudo isso já poderia ser uma realidade!
    As indústrias ferroviárias estrangeiras instaladas aqui em São Paulo poderiam muito bem produzirem trens desse tipo por aqui, pois numa época em que existia a Alstom da Lapa e que foi desativada há pouco tempo atrás, nos anos 2000 já produziu algumas caixas de aço inox para trens de dois andares dos Estados Unidos, os componentes foram feitos em outros lugares do mundo, mas nada impede de produzirem boa parte por aqui também!

  3. Utilizando uma regra de 3 simples, nota-se que a vantagem é muito pequena. 12 vagões no trem convencional = 1200 assentos. Isto significa 100 assentos por vagão. Composição com 8 vagões convencional utilizada hoje sem necessidade de aumento de plataforma = 800 assentos. Doble decker = 860 assentos. Vale só 60 assentos a mais quando se tem sobe e desce de escadas?

  4. Nunca vai sair do papel. Desde 2008, a mesma ladainha!
    Só acredito vendo e viajando nele!

    1. Corrida contra o tempo para fazer média nas eleições… nos bastidores do partido a realidade é outra história

    2. O Kiss ele é um trem modular para uso regional e suburbano, tanto que esse da foto vai operar como trem suburbano la na Califórnia, e um detalhe que esses trens são de piso baixo.
      Você mencionou que as plataformas atuas comportam qualquer tipo de trem, então isso indica que essas plataformas comportam trens modulares regional/suburbano, se caso ele tenha portas em nível e portas de piso baixo, igual ao que vai rodar na Califórnia.

  5. É um investimento muito alto. Será que alguma empresa vai topar? Como estão os estudos de demanda?

  6. Se realmente for verdade, gostaria de saber se vai ter serviços, tipo refeições, bebidas e banheiros, como tinha no expresso lá dos anos 80.

  7. O problema dos Double-Decker é que eles são desenvolvimento de um tempo em que escadas não eram consideradas impeditivos de acessibilidade. Ou melhor, as escadas em composições são amplamente aceitas na Europa até hoje, mas são obsoletas em nossa regulamentação mais avançada. Os double-decker são super apertados nas escadas. Gostaria de ver uma solução atual para o tema.

    1. Pesquise sobre: Amtrak train from St. Paul to Chicago. Se vc manja mais do que os empresários americanos, vc está perdendo dinheiro e tempo na internet.

  8. Esse projeto só vai adiante se o custo benefício valer a pena. Pq pra 30 minutos de diferença no trajeto Campinas -SP, o preço não pode ser muito mais alto que o de um ônibus rodoviário. Senão vai continuar valendo mais a pena ir de ônibus.

    Agora, se o trem fosse TAV aí poderiam cobrar um preço mais alto. Algo entre o preço de um ônibus e de um avião.

  9. Difícil um trem de dois andares, pois no trecho entre São Paulo a Jundiaí a rede área foi feita para os trens metropolitanos atuais, fora o gabarito no túnel de botujuru que impede trens de dois andares…

  10. Calma gente, não se trata da daquela quadrilha federal que em 14 anos no poder criou uma estatal, pagou funcionários por quase 10 anos, pagou viagem para uma comitiva ir para o exterior fazer uma selfie e ficamos no Brasil sem um único km de TAV. Sem contar que o ex presidente e o ex governador carioca que tocariam aquele projeto foram parar na cadeia. Por juízo, SP já tinha pulado fora… Quando o governo de SP anunciou que a linha amarela seria uma das mais modernas do mundo também disseram que seria “da eleição”. O projeto paulista está do trem de Campinas está saindo…

  11. Há quantas décadas existe a proposta do trem (desde quando tiraram ele de funcionamento?🤭🤔😐😒)

    Papo furado de PRÉ-ELEIÇÂO!!!

    Derrepente aparecem ótimos projetos na mídia, recursos diversos para bancar ações de infraestrutura, programas sociais $$, doações de equipamentos as prefeituras etc.
    Isto ocorre em todas as esferas!

    INFELIZMENTE …

  12. A única coisa que eu não estou entendendo é que segundo a Lei eleitoral não poderia num prazo de 6 meses antes das eleições realizar qualquer concessão, agora mudou ? Alguém saberia explicar o que está ocorrendo ?

    1. Tens razão Fernando.
      Em pleno ano eleitoral, até as eleições passadas eram proibidos o uso da máquina pública para se auto beneficiar além de bloqueados concursos públicos como para a IBGE, INSS, Eletrobrás e Petrobras entre outros, da mesma forma a venda e concessões e privatizações afoitas por valores subavaliados como se está sendo feito agora, e que era considerada uma contravenção, e certas formas de utilização eleitoral.
      Estado de emergência por quê? Porque a política econômica foi um desastre! Isso não é emergência. É má gestão!
      Estado de Emergência, Calamidade Pública são coisas sérias, não podem ser banalizadas para se dar um jeitinho para o governantes conseguirem utilizar a máquina pública para reeleição. O que vai impedir que os outros governos posteriores também arrumem um jeitinho para fazer o mesmo?

  13. Iideal esticar até Ribeirão Preto, Uberlândia e Brasília. Aí sim, fica parecendo país de primeiro mundo…

  14. Em pleno ano eleitoral, até as eleições passadas eram proibidos o uso da máquina pública para se auto beneficiar bloqueados concursos públicos em ano eleitoral como para a IBGE, INSS, Eletrobrás e Petrobras entre outras, da mesma forma a venda e concessões por valores subavaliados como se está sendo feito agora, e que era considerada uma contravenção, e certas formas de utilização eleitoral.
    Tiveram trinta anos para reinstalar os TIC-Trens Intercidades, e agora que está para encerrar o mandato e mal colocado nas pesquisas o sr. Garcia que ainda é comandado pelo “gestor” quer fazer uso eleitoral, impondo mais uma concessão precipitada com prazo de 30 anos sem a remoção dos cargueiros da região central em uma clara irresponsabilidade, em mais uma atitude afoita e sem planejamento algum com o poder público bancando ~ R$ 600 milhões como contraprestação fixa pela operação da Linha 7 e do TIC com baixa demanda, serviços também incluídos na concessão.

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