O Metrô de São Paulo poderia ter amanhecido fechado nesta terça-feira, 13 de junho, mas metroviários decidiram aceitar a proposta da companhia em assembleia realizada nesta segunda-feira, 12.
A categoria está discutindo a campanha salarial de 2023 e as negociações com a companhia não avançaram como o Sindicato dos Metroviários pretendia. As linhas que setiam afetadas em caso de paralisação são a 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata – as demais são operadas pela iniciativa privada.
O pleito dos funcionários vai do dissídio a itens como “vale peru”, reajuste do vale-alimentação e vale-refeição baseado na inflação dos últimos anos, repasse de recursos financeiros para o plano de saúde do Metrus, manutenção dos funcionários envolvidos na colisão de dois trens da Linha 15-Prata em março e readmissão de outros que foram dispensados em 2020.
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A reinvidicação mais abordada, no entanto, é a volta dos concursos públicos. O sindicato diz que faltam ao menos 2.600 funcionários na empresa, segundo dados do portal da transparência. Destes, 1.200 seriam funcionários das estações, segurança e operação dos trens.

Mudança de foco no Metrô
Expandir o quadro de funcionários do Metrô, entretanto, vai na direção oposta aos planos do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), que reconheceu que sua gestão deve conceder as linhas do Metrô e da CPTM para a iniciativa privada.
Em entrevista na semana passada, Tarcísio afirmou que o Metrô deve ter seu perfil de atuação modificado para ser focado na gestão de empreendimentos e projetos.
Ele disse ainda que os funcionários que não serão aproveitados nesse novo formato deverão ser “reaproveitados”, mas sem explicar como.