Após falha em sistema de sinalização suspender operação, Linha 15-Prata retoma serviço

Ramal de monotrilho voltou a apresentar problemas no sistema CBTC, de controle de trens, o que obrigou Metrô a acionar o serviço PAESE, de ônibus, entre Vila Prudente e Jardim Colonial
Trem da Linha 15-Prata (Jean Carlos)

A Linha 15-Prata voltou a apresentar problemas com o sistema CBTC, de controle de trens, no início deste terça-feira, 7. O ramal de monotrilho teve de ser paralisado enquanto o Metrô acionava o serviço PAESE, de ônibus, entre Vila Prudente e Jardim Colonial.

A operação, no entanto, havia sido retomada à partir de 7h10, mas a situação só deve se normalizar nas próximas horas. A linha chegou a funcionar às 4h40, mas às 4h52 passou a circular com velocidade reduzida até ser interrompida completamente.

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O novo problema com o sistema de sinalização ocorre 18 dias após a Linha 15 ter sido paralisada pelo mesmo motivo. No dia 20 de janeiro, o CBTC, fornecido pela empresa Alstom, apresentou uma falha grave a ponto de o ramal ficar inoperante boa parte do dia.

Inaugurada em 2014 com apenas duas estações, a Linha 15-Prata é a primeira de monotrilho a ser implantada em São Paulo. Embora seja alvo de críticas, o monotrilho tem apresentado problemas não exatamente relacionados ao seu conceito. O sistema de sinalização, por exemplo, é semelhante ao usado na Linha 5-Lilás, de metrô convencional, ou seja, não tem relação alguma com o fato de os trens andarem sobre vigas.

Aparelho de mudança de via da Linha 15 (iTechdrones)

Áreas de manobra

Mesmo o famigerado acidente com o “run-flat” em fevereiro de 2020 não pode ser atribuído especificamente ao modal. Mais provável que se tratem de erros de projeto da fabricante, a Bombardier, e da construção das vigas-guia pelo Consórcio Expresso Monotrilho Leste – o governo do estado até hoje não tornou público o laudo que analisou as causa do problema. As empresas envolvidas, no entanto, realizaram modificações para corrigir a deficiência e desde então, o episódio não voltou a se repetir.

Até hoje o Metrô não conseguiu transportar passageiros em volumes mais próximos da previsão de demanda, que cresce mas em ritmo lento. A solução para que a Linha 15 passe a transportar mais gente está na entrega de duas novas áreas de manobra de trens. Uma delas, após Jardim Colonial, deveria ter iniciado operação no 19 de janeiro, segundo previsão fornecida pelo então presidente do Metrô, Silvani Pereira.

Pelo que o site pode apurar, a companhia e a Alstom ainda precisam realizar mais testes com o sistema CBTC, o mesmo que hoje deixou os passageiros a pé novamente.

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16 comments
  1. E a baldeação em São Mateus? Ninguém vai se pronunciar nunca? Ninguém falou nada aqui nem no instagram, não é possivel que todo mundo tenha esquecido

      1. O texto só falou quando deveria ter tido a nova área de manobra de trens, não deu previsão de quando ela será entregue.

  2. Na verdade, o sistema CBTC com problemas foi fornecido pela Bombardier (mod. Cityflo). Como a Bombardier foi adquirida pela Alstom, está última é a atual responsável pela assistência técnica e atualização dos produtos Bombardier, incluindo o CBTC da linha 15. Esse é o problema: a integração dos técnicos da Alstom ao produto da Bombardier.

    Como a Alstom já possui uma linha própria de CBTC (mod. Urbalis), não faz sentido para ela ter outra linha do mesmo produto. No futuro, os usuários do CBTC Bombardier acabarão migrando para o modelo da Alstom.

    1. Os sistemas da Alstom e da Bombardier tem um ponto em comum; os dois são muito ruins , não chegam nem perto do desempenho especificado
      Mas ninguém fala nada ….

      1. Fonte? Arial 12.

        A Alstom é um dos maiores conglomerados industriais ferroviários do mundo. Seus produtos estão no mundo inteiro e a empresa francesa continua crescendo, logo se seus produtos fossem ruins, ela teria falido ao invés de ter se tornado uma empresa cada vez maior e bilionária.

        Para fazer frente ao grupo chinês CRRC, a Alstom comprou a empresa canadense Bombardier, uma empresa tradicional e altamente capacitada. Hoje esses dois grupos dominam a indústria ferroviária mundial.

        1. Fonte : trabalhei com os dois a fundo como engenheiro de sistemas e reafirmo , os dois são pessimos. A especificação de ter um Headway melhor que o CMT antigo jamais vai se concretizar
          A Alstom não quebra porque o governo da França não quer e protege
          Quais são os seus conhecimentos sobre sinalização metroferroviária ?tudo indica que são rasos

          1. O brasileiro, que não desenvolve nada, quer ensinar o francês?

            O Brasil não desenvolve nada e ainda tem a petulância de querer classificar os produtos estrangeiros.

            No dia em que alguma tecnologia de sinalização ferroviária for desenvolvida aqui, nós poderemos questionar o mundo.

            Hoje não temos como questionar algo que sequer sabemos desenvolver sozinhos.

          2. O seu comentário comprova o seu baixo nível de conhecimento do ramo . Vamos lá; o fato de não desenvolver um sistema próprio não quer dizer que ninguém no Brasil tem capacidade de entender e criticar sistemas ruins.
            Além de falta de conhecimento demonstrou complexo de vira lata ; tudo o que vem da França é bom …

  3. Correção:

    “O sistema de sinalização, por exemplo, é semelhante ao usado na Linha 5-Prata…” alterar para
    “O sistema de sinalização, por exemplo, é semelhante ao usado na Linha 5-Lilás…”

  4. Ninguém quer desenvolver nada no Brasil. Todos somos preguiçosos. Os empresários querem proteção do mercado (proibindo importações) e compras estatais sem limites. Por isso Cobrasma, Mafersa e Santa Matilde faliram.

    As instituições de ensino não investem em engenharia de transportes por pura preguiça, ideologia e incompetência.

    Ainda assim, os “técnicos e especialistas” do setor querem “ensinar” os americanos, europeus e asiáticos (que possuem empresas fortes, instituições de pesquisa e apoio estatal para exportar) como trabalhar.

    Essa arrogância nos leva para onde?

    1. não é bem “ninguém quer desenvolver nada no Brasil”.

      existe muita gente boa e capacitada no país.

      o problema é que existem interesses, tanto da elite econômica, quanto da classe politica em manter as coisas desse jeito. e não adianta dizer o contrário, porque infelizmente, é.

      quantos projetos existem nas universidades e ficam apenas lá, como se colocasse um abismo entre academia e indústria?

  5. Quando a falha é da Via Mobilidade, não vejo esse “pano passado” igual com o Metrô. Não se esqueçam que um dia esse ramal vai para a iniciativa privada e os problemas dele também…que são muitos e constantes!

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