Contrato do Trem Intercidades SP-Campinas deve ser assinado no dia 29
Previsão foi feita pelo presidente da CPTM, Pedro Moro, em encontro com funcionários. Vencedora do leilão, C2 Mobilidade Sobre Trilhos deverá assumir operação da Linha 7 no final de 2025

Se não houver imprevistos, o contrato de concessão do Trem Intercidades Eixo Norte (São Paulo-Campinas) deverá ser assinado no dia 29 de maio, uma quarta-feira.
A previsão foi feita pelo presidente da CPTM, Pedro Moro, em encontro com funcionários, cujo áudio foi obtido por este site.
“[O contrato] deve ser assinado agora no dia 29“, explicou o executivo, que comentou sobre o grupo que assumirá não só o serviço de trens expressos e intermetropolitanos, mas também a Linha 7-Rubi, operada hoje pela CPTM.
Siga o MetrôCPTM nas redes: WhatsApp | Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
A C2 Mobilidade Sobre Trilhos foi a única participante do leilão realizado pelo governo do estado em fevereiro. Ela é formada pelo Grupo Comporte, liderado pela família Constantino, também dona da companhia aérea Gol, e pela chinesa CRRC, que atua em diversos ramos do setor ferroviário.

A novidade em relação a esse contrato é que a C2 terá um período de seis meses para se preparar para a transição, uma espécie de “carência”, como explicou Moro.
Operação independente no final de 2025
Isso fornecerá tempo suficiente para que a concessionária tome conhecimento da infraestrutura que irá herdar antes do período de transição.
Essa fase também mudou em vista dos problemas enfrentados pela ViaMobilidade com as linhas 8 e 9.

Serão 12 meses – e não sete – para que a C2 assuma por completo a Linha 7-Rubi das mãos da CPTM. Como explicamos, a companhia do estado também poderá apoiar com seus funcionários a operação inicial da C2, que ressarcirá o estado pela “ajuda”.
Portanto, a futura concessionária deverá ficar à frente do ramal de trens metropolitanos a partir de dezembro de 2025. Até lá haverá o repasse dos 30 trens da Série 9500 além do fim do Serviço 710, que hoje une a operação das linhas 7 e 10-Turquesa.
Só lembrando que pela minuta do contrato a concessionária irá receber uma parcela fixa e não uma tarifa de remuneração por passageiro transportado.
Ou seja, independentement da qualidade do serviço, transportanto gente ou não, a concessionária irá receber do governo uma contraprestação pecuniária com valor fixo.
Vcs acham q a concessionária vai querer saber de prestar um serviço de qualidade se ela já tem garantido 90% da receita???
Qualquer modelo de gestão do transporte público há paradoxos, é praticamente impossível escapar disso. Ao meu ver, o modelo de concessão adotado especificamente para os trens intercidades é o melhor, mas não o contrato em si. Creio que não há necessidades da gestão pública deste sistema diferentemente do sistema metropolitano que jamais deveria ficar 100% na mão da inciativa privada.