A extensão da Linha 5-Lilás do Metrô entre Largo Treze e Chácara Klabin foi concluída há quase quatro anos, mas até hoje o trecho subterrâneo não possui sinal de telefonia móvel em túneis e na maior parte das estações.
Em junho de 2020, a ViaMobilidade, operadora do ramal, afirmou que o sistema dependia das operadoras de telefonia. Consultado pelo site na época, o SindiTelebrasil, sindicato que reúne Claro, Vivo, Tim e Oi apenas afirmou ao site que elas estavam “desenvolvendo um projeto em conjunto para a implementação de uma rede de telefonia móvel na linha 5-Lilás do metrô“.
Tentamos ainda obter um prazo sobre implantação e conclusão, mas o sindicato se negou a fornecê-lo. Desde então, nada se soube sobre esse projeto.
Nesse meio tempo, outra concessionária, mas que é responsável pelo Metrô do Rio de Janeiro, não apenas conseguiu finalizar a implantação de telefonia móvel em suas três linhas como contou com a colaboração justamente das quatro operadoras.
Nesta segunda-feira, 10, o MetrôRio anunciou que sua nova rede de telecomunicações foi ativada, permitindo que haja sinal de 4G em túneis, mezaninos e plataformas de todas as estações do sistema.
O projeto foi dividido em quatro fases, que começaram a funcionar de forma gradual a partir de agosto de 2020. A última etapa, finalizada agora, compreendeu o trecho da Linha 4, de General Osório/Ipanema ao Jardim Oceânico/Barra da Tijuca.

O trabalho envolveu a instalação de mais de 30 km com conexão de fibra óptica via cabo que permite melhorias na qualidade de sinal em ambiente fechado e ampliação da cobertura 4G para celular em todo o sistema metroviário. Foram instaladas mais de 600 antenas e cabos de radiofrequência nas estações e túneis, explicou a concessionária.
“Melhorar a experiência dos nossos clientes é um processo contínuo. Ter todo o sistema conectado, graças à parceria com as operadoras de telefonia, é um grande passo: uma comodidade importante que oferecemos aos nossos clientes,” afirma Guilherme Ramalho, presidente do MetrôRio.
A iniciativa de modernização do metrô carioca não é isolada. Tempos atrás, a empresa implantou o uso de pagamento por aproximação em seus bloqueios além de ter fechado a primeira concessão do tipo “naming rights” no país, na estação Botafogo, que passou a ser patrocinada pela Coca-Cola. Por ser uma concessão privada, o MetrôRio pode negociar diretamente com os interessados e não realizar uma licitação, como em São Paulo.