Governo espera por proposta pela Linha 6-Laranja até 11 de setembro

Segundo afirmou o secretário Alexandre Baldy, Move São Paulo terá de apresentar um comprador até dois meses antes da efetivação da caducidade do contrato
Um dos tatuzões da Linha 6-Laranja ainda quando estava sendo concluído na China
Um dos tatuzões da Linha 6-Laranja ainda quando estava sendo concluído na China

Durante a inauguração da estação Jardim Planalto nesta segunda-feira (26), o secretário dos Transportes Metropolitanos Alexandre Baldy forneceu alguns detalhes sobre o processo de venda da Move São Paulo, empresa responsável pelas obras e operação da Linha 6-Laranja de metrô. O ramal teve a efetivação da caducidade do contrato adiada para 11 de novembro a fim de fornecer tempo extra para que os sócios da concessionária possam negociar a sua venda para outros grupos.

Segundo Baldy, os interessados em assumir a Move São Paulo têm até o dia 11 de setembro para chegar a um acordo com Odebrecht, UTC, Queiróz Galvão e outros investidores que hoje são proprietários da empresa. Nessa data, será preciso apresentar as condições apresentadas pelo grupo escolhido para adquirir a Move São Paulo.

“Até o dia 11 esse consórcio precisa apresentar ao estado esse interessado privado para que nós possamos reconhecer e adotar todas as práticas de anuir para que haja essa compra do consórcio Move São Paulo. Aí sim serão 60 dias para a concretização dessa aquisição entre privados”. explicou o secretário.

O governador João Doria acrescentou em seguida que “a boa notícia é que não haverá vazio. Nós já fomos procurados por empresas internacionais com interesse nesta linha, ou seja, mais de uma, portanto haverá disputa do privado com privado, mas certamente haverá um vencedor e isso determinará a retomada da obra”, garantiu.

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Três anos parada

As obras da Linha 6-Laranja, de metrô, estão interrompidas desde 2 de setembro de 2016, portanto, irão completar três anos de suspensão na próxima semana. Pelo cronograma original, ela deveria ser entregue no ano que vem, mas o consórcio Move São Paulo, atingido indiretamente pelo fato de seus principais sócios terem sido alvo da operação Lava Jato, suspendeu os trabalhos por falta de recursos financeiros.

Desde então, há uma longa discussão sobre quem deve o que para quem, além de tentativas mal sucedidas de repassar a responsabilidade da parte privada para outras empresas. Em uma manobra estranha, a Move São Paulo decidiu contratar outro consórcio, o Expresso Linha 6, para construir a linha. Curiosamente, parte dos sócios dessa nova empresa é a mesma da Move São Paulo e isso teria dificultado a venda da empresa porque a responsabilidade pela construção estaria nas mãos desse segundo consórcio.

Com 15,3 km de extensão e 15 estações, a Linha 6-Laranja será a sexta linha de metrô pesado de São Paulo e deverá atender mais de 600 mil passageiros quando ficar pronta. Ela partirá da região de Brasilândia, no noroeste da capital, até a São Joaquim, próximo ao centro.

 

 

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