Mendes Junior e Heleno & Fonseca teriam interesse nas obras da Linha 17

Secretário de Transportes Metropolitanos afirmou ao jornal Valor que as duas estudam assumiu lugar do consórcio Andrade Gutierrez e CR Almeida
Trecho da Linha 17-Ouro
Trecho da Linha 17-Ouro
Trecho da Linha 17-Ouro
Trecho da Linha 17-Ouro

Segundas colocadas nas licitações do pátio e de um lote de estações da Linha 17-Ouro, as construtoras Mendes Junior e Heleno & Fonseca mostraram interesse em assumir o lugar do consórcio formado por Andrade Gutierrez e CR Almeida e afastado no início da semana pelo Metrô por abandono da obra.

Segundo o secretário de Transportes Metropolitanos Clodoaldo Pelissioni afirmou ao jornal Valor Econômico, as duas empresas estudarão a possibilidade de assumir o trabalho. A Mendes Junior fez uma proposta um pouco inferior ao valor oferecido pelo consórcio Monotrilho Pátio enquanto a Heleno & Fonseca havia participado da licitação das originalmente quatro estações do lote 2 – Campo Belo, Vila Cordeiro, Chucri Zaidan e Morumbi, esta última retirada do contrato por conta de uma mudança de projeto.

Caso isso se confirme, as obras poderiam ser retomadas em março e a entrega ocorreria no início de 2018, ainda dentro do mandato do governador Geraldo Alckmin. No entanto, o caso da Mendes Junior é um tanto suspeito afinal a construtora foi pressionada pelo mesmo governo a retomar seus lotes do Rodoanel Norte, que estavam atrasados. A Mendes Junior é uma das principais envolvidas na operação Lava Jato. Por outro lado, a empresa é responsável pela obra mais atrasada da expansão da Linha 5-Lilás, justamente a que faz a ligação com o monotrilho: a estação Campo Belo.

Vias e trens permanecem

O rompimento do governo foi duramente questionado pela Andrade Gutierrez que apontou o mesmo problema que o consórcio Isolux-Corsanalegou ao ter seu contrato quebrado nas obras da Linha 4. De acordo com ela, o Metrô teria atrasado a entrega de projetos, mudado o cronograma e tornado a obra mais cara. Ela protocolou na justiça em dezembro um pedido para que pudesse deixar as obras sem que fosse necessário arcar com multas, mas o juiz responsável pelo caso ainda não ouviu a outra parte, justamente o Metrô.

Em todo o caso, o consórcio Monotrilho Integração, que reúne além das duas construtoras afastadas das outras obras a fabricante dos trens Scomi e sua parceira no Brasil MPE, continua à frente das obras da via permanente, ou seja, as vigas que servem de trilho para o monotrilho, além dos trens e sistemas para que ele opere. Essa parte da obra, que é a mais adiantada, está interrompida desde o acidente com a viga-trilho que matou um funcionário em junho de 2014. O Ministério do Trabalho teria exigido da construtora que as vigas fossem fixadas definitivamente tão logo içadas, algo que seria impossível segundo um funcionário ouvido pelo blog.

Também esse contrato está sendo questionado pelo consórcio devido à decisão do governo de suspender as duas outras fases da linha, que ligará a Marginal Pinheiros a Linha 4, e o trecho após o pátio, que chegará até o Jabaquara, conectando a Linha 1.

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