Metrô decide desmembrar projetos e obras remanescentes da Linha 17-Ouro

Em nova licitação publicada nesta sexta-feira (24), companhia contratará empresa apenas para concluir obras civis das estações, pátio e vigas-trilhos
Estação Vereador José Diniz: acabamento ficará a cargo de nova empresa (CMSP)

O Metrô decidiu fatiar os projetos e obras remanescentes da Linha 17-Ouro de monotrilho que faziam parte do escopo do consórcio Monotrilho Integração, que teve o contrato rescindido nas últimas semanas. Em vez de buscar um novo consórcio capaz de concluir as obras civis restantes e fornecer sistemas e trens para o ramal, a companhia deve separar esse conjunto agora. A primeira parte desses trabalhos teve a licitação divulgada no Diário Oficial nesta sexta-feira (24).

O novo contratado terá como objetivo construir  e lançar as vigas-trilhos faltantes, mas também realizar o acabamento, paisagismo, comunicação visual, instalações hidráulicas de sete estações hoje incompletas (a exceção é Morumbi) além do pátio Água Espraiada. Além disso, a empresa que vencer o certame construirá um centro comunitário e esportivo e recapear a avenida Roberto Marinho, por onde passa boa parte do trajeto da linha.

Os documentos da licitação estarão disponíveis aos interessados na próxima segunda-feira (27) e a sessão pública de recebimento das propostas está marcada para 02 de agosto.

Novo monotrilho

A opção por desmembrar o projeto da Linha 17 faz sentido. Na época da primeira licitação, o Metrô optou por agrupar as obras civis das vias aos sistemas e material rodante já que, na época, a execução das vigas-trilho envolvia também a escolha dos trens de monotrilho por conta da característica única exigida por eles. Em suma, cada participante precisaria de um perfil de viga específico.

Agora que a Scomi, fabricante que fazia parte do consórcio Monotrilho Integração, está praticamente falida na Malásia, será preciso que o novo fornecedor se adapte ao padrão de viga-trilho existente. É algo factível, mas pode beneficiar empresas que possuem mais semelhanças com o monotrilho malaio como a japonesa Hitachi ou os chineses como a BYD, que chegou a estudar assumir o lugar da Scomi no consórcio afastado. A licitação dos trens e dos sistemas como portas de plataforma e sinalização CBTC será publicada em junho, afirmou nota do Metrô nesta segunda-feira.

O monotrilho da Linha 17-Ouro teve as obras iniciadas em abril de 2012 e tinha previsão de inauguração em 2014. Sua extensão original seria de quase 17 km com 17 estações, mas a primeira fase permaneceu ativa. Em 2018, a linha foi concedida para a ViaMobilidade em conjunto com a Linha 5-Lilás.

Atualizado em 27 de maio para acrescentar informação sobre a licitação de material rodante e sistemas.

Monotrilho da Scomi: empresa malaia pode assumir obras civis da Linha 17
Monotrilho da Scomi: novo fabricante terá de seguir parâmetros da viga-trilho da empresa malaia

 

 

Total
0
Shares
Antes de comentar, leia os termos de uso dos comentários, por favor
2 comments
  1. Recapear vias isso é piada ver av Professor Luiz Ignácio de Anhaia Melo uma verdadeira colcha de retalhos e buracos para nao falar da av Sapopemba mais ai ainda falta.obras.no nonotrilho

Comments are closed.

Previous Post

CPTM amplia atendimento do Airport Express aos finais de semana e feriados

Next Post

Jardim Ângela entra no radar do Metrô

Related Posts