Metrô inclui oficialmente obras da Linha 2-Verde até Guarulhos em relatório

Trabalhos tiveram início nos últimos meses e incluem cinco estações e quase 6 km de vias

Borda do poço de acesso já concretada
Borda do poço de acesso da futura estação Penha de França já concretada (Reprodução/A Casé)

O Metrô de São Paulo incluiu de forma oficial o início das obras do trecho entre Penha e Dutra (Guarulhos) da Linha 2-Verde.

A extensão com cinco estações e quase 6 km de vias passou a ser citada no relatório mensal de empreendimentos da companhia.

Até então, as atividades tinham sido relatadas apenas pelos consórcios envolvidos no trecho.

O MetrôCPTM revelou em primeira mão no ano passado a data do início das obras na estação Penha de França, a partir de março.

Como mostramos recentemente, os terrenos onde ficará a estação já foram limpos e o poço central de acesso, demarcado para ser escavado.

Extensão da Linha 2-Verde até Guarulhos
Extensão da Linha 2-Verde até Guarulhos (CMSP)

A penúltima etapa de expansão da Linha 2-Verde incluirá as estações Penha de França, Gabriela Mistral, Fernão Dias, Ponte Grande e Dutra, as duas últimas no município de Guarulhos. Além disso será construído o Pátio Paulo Freire, que será a principal área de manutenção do ramal.

O novo trecho fará conexão com as linhas 12-Safira e 13-Jade em Gabriela Mistral e com a Linha 19-Celeste em Dutra.

Além de Penha de França, há relatos de terrenos sendo limpos onde ficará Gabriela Mistral, antiga Tiquatira.

O trecho de túneis será escavado por um novo tatuzão, que foi encomendado junto à CREG, da China, e deve chegar ao Brasil no final do ano.

Não há uma previsão oficial sobre a entrega da extensão, mas ela deve ocorrer por volta de 2031.

Inscrever-se
Notificar de
guest
9 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
JOSE
JOSE
3 dias atrás

Finalmente!!!

Webmaster
Webmaster
3 dias atrás

O governo tem acertado em dar uma grande atenção à Guarulhos. Serão duas linhas longas de metrô e uma arterial do VTL.
A segunda maior população da RMSP vai dar um salta em qualidade e velocidade de transporte.
Que isso possa se repetir com o ABC, tirando do papel a linha 20 o quanto antes.

Diego
Diego
3 dias atrás

A última etapa de expansão da Linha 2 seria para Cerro Corá, correto?

kiritsu
kiritsu
2 dias atrás
Responder para  Diego

Sim, porém essa extensão só sai junto da L20

Victor M
Victor M
2 minutos atrás
Responder para  Diego

Na verdade, a expansão para Cerro-Corá deve ocorrer concomitantemente com a expansão entre Penha e Dutra.

Cerro-Corá pode ser entregue junto ou até antes da expansão para Dutra.

Contudo, no início, Cerro-Corá atenderá só a L2 (sendo praticamente tão inútil quanto a Estação Vila Madalena, rs).
Posteriormente, haverá a conexão com a L20.

Jonata Araújo do Amarante
Jonata Araújo do Amarante
1 dia atrás

Essa linha será muito útil, mas por que o governo nunca pensa em ampliar a linha 3 vermelha, q auxiliaria muito à muitas pessoas, principalmente os q moram em Guaianases e municípios vizinhos, pq só a linha 11 coral da CPTM não dá conta. Por isso vale ressaltar q Guaianases precisaria sim do metrô, mas nunca chegou!!!!
Por que não ter o metrô aqui??!!
Se aqui existe pessoas que necessitam de transporte para o trabalho.

Eduardo Gomes
Eduardo Gomes
16 horas atrás

O problema é que fizeram descaso com Guaianazes. Originalmente a linha 3 vermelha teria o traçado completo. Contudo, quando a estação Corinthians-Itaquera foi construída (em um modo elevado, para finalizar sentido Páteo), tiveram a “excelente” opção de fazer um “puxadinho” de trem ao invés do metrô. Por último, começaram a desativar algumas estações de trem com a desculpa de rapidez (forçando os habitantes dos trechos a usarem o metrô e aumentar o fluxo de pessoas – “entupindo” as estações desse meio de transporte). Daí a lambança feita.
Há agora o traçado de uma linha que finalizará na região da av. Nordestina (mas que, acredito, só será concluída (talvez) no século XXIII. O traçado da linha que chegará à Cidade Tiradentes pode ser concluído antes, mas não terá caminho pelo centro de Guaianazes. Igualmente, não há sequer estudo de metrô que chegue ao Itaim Paulista (outro distrito que parece descartado dos planos do metrô). Se isso acontecer, certamente será para o ano 3000.

Victor M
Victor M
9 minutos atrás
Responder para  Eduardo Gomes

A L3 até Guaianases seria insustentável para a operação plena, nos horários de pico, da própria L3.

A criação do Expresso Leste foi um dos melhores projetos que fizeram nos últimos 25 anos. Isto é inegável.
A viagem pela L11 entre Itaquera e Brás é sempre mais rápida do que pela L3 no mesmo trecho parando em várias estações.
Em breve, vai ser mais rápida também a viagem direta pela L11 entre Itaquera e Barra Funda em comparação com a viagem de ponta a ponta na L3.

O Expresso Leste foi tão assertivo, que até a Estação Itaquera da L3 se beneficiou muito nos horários de pico com redução de demanda ao longo do tempo (e, por conseguinte, a L3 também).

Esse negócio de achar que só metrô é bom (desprezando todo o potencial dos trens metropolitanos; aliás, metrô é trem também) é uma ideia que, pouco a pouco, tem ficado cada vez mais ultrapassada, ainda mais com a possibilidade real de a L11 operar com intervalos ainda mais baixos futuramente.

Por esse mesmo motivo, não há plano de metrô no Itaim Paulista, já que há a L12, e esta é subutilizada inclusive no seu potencial (claro que não em termos de lotação, ainda que a L12 seja consideravelmente menos lotada do que as linhas 3 e 11).

Alguns linhas parecem piores do que realmente são (em termos de lotação), como a L12, por culpa de passageiros que não têm o menor respeito perante os demais (e que, incrivelmente, mudam de comportamento em outras linhas, como na 4–Amarela).
Só que isto não é culpa do transporte, mas sim da [péssima] educação das pessoas.

Victor M
Victor M
49 minutos atrás

Se fosse expandir a Linha 3–Vermelha, certamente seria mais lógico levá-la para onde não tem trilhos (ex.: Cidade Tiradentes), e não para onde já tem.

A Linha 11 pode operar igual a uma linha metroviária convencional, ou seja, com intervalos de no máximo 2,5 min (seria possível até menos) entre Barra Funda e Guaianases, o que adicionaria pelo menos 40% de oferta com relação à atual.

A L3 não consta em nenhum plano de expansão pelo mesmo motivo pelo qual a L2 também não deveria ser expandida entre Penha e Dutra.

Mas, por motivos aparentemente desconhecidos, a L1 também não consta em nenhum plano de expansão, mesmo sendo cada vez mais, direta e indiretamente, desafogada com a expansão da rede (será ainda mais quando a L2 chegar à L3, na Penha).

O Metrô tem trabalhado com um plano de expansão bem discutível (que ou é feito por gente que não entende a fundo; ou que, justamente por entender, sabe bem o que está fazendo para beneficiar eles mesmos nos deslocamentos pela rede).

A neura para expandir a L2 indefinidamente de forma solitária, ou seja, sem ter outras alternativas para o mesmo deslocamento perimetral da própria L2, desafogando todas as linhas metroferroviárias radiais e pendulares da zona leste (jogando a demanda de várias linhas em uma só, sendo que a L2 pode já alcançar, quando chegar à Penha apenas, o mesmo carregamento da L3 hoje), é no mínimo paradoxal e discutível, e ainda vai custar muito caro resolver esse problema todo no médio e longo prazo.

A L2 vai virar, futuramente, a linha perimetral mais “radial” de todas, com tanta demanda concentrada (pendular) num único sentido!

Apesar disso, o mais discutível e absurdo mesmo é prosseguir com a expansão após Penha, mesmo já estando superlotada a L2 neste cenário futuro de operação até Penha.
Como ainda enfiar as altas expressivas demandas de Gabriela Mistral e Dutra numa linha já saturada?

Vai ser a primeira vez na história que o Metrô vai expandir ainda mais uma linha já bem saturada (vejam que o Metrô nunca mais quis expandir a L3 após Itaquera, e nem a L1 após Tucuruvi, sobretudo quando a L1 se encontrava saturada até 2011 ou 2012 no máximo).

Se eles quisessem mesmo garantir o equilíbrio de demanda entre as linhas, eles pensariam em expandir outras linhas (não a L2 após Penha), como por exemplo:
a L1 (por que não chegar com ela a Guarulhos onde a L19 não vai atender?);
a L5 após Chácara Klabin, rumo à zona leste, passando pela Estação Ipiranga das linhas 10/15 (isto tinha de ocorrer no curto prazo).

A coisa só não está pior porque a L6, por exemplo, vai ser estendida a leste de São Joaquim (por iniciativa da própria Acciona), algo que o Metrô descartou logo de cara assim que criou o projeto da L16.
Contudo, vamos poder ter, no futuro, a L16 e também (primeiramente) a L6 até a L10.

Enfim, desculpa de falta de recursos não é.
Afinal, quanto está custando só a expansão sem fim da L2 até Guarulhos?

Dessa forma, estudos de demanda são apenas “para inglês ver”, já que o que mais vale mesmo é sempre a [má] intenção daqueles que querem, feito crianças birrentas e mimadas, fazerem tal obra (tal expansão de linha) e ponto, mesmo que os estudos mostrem claramente que o incremento de demanda será totalmente incompatível com a capacidade máxima de oferta da linha.

Última edição 35 minutos atrás por Victor M