Metrô lança licitação para estudo de criação do polo multimodal da estação Palmeiras-Barra Funda

Empresa que for contratada terá a missão de fornecer elementos técnicos, financeiros e jurídicos para subsidiar projeto de concessão da área à iniciativa privada. Ideia já havia sido antecipada por estudo de agência francesa
Projeção de como poderia ficar a estação Palmeiras-Barra Funda (CMSP)

Quase dois anos após um chamamento público ter dado origem a um estudo preliminar, o Metrô lançou nesta quarta-feira, 21, uma licitação que tem como objetivo aprofundar o projeto de concessão da estação Palmeiras-Barra Funda e seu entorno para a criação de um polo multimodal.

O edital, que será disponibilizado nesta quinta-feira, prevê que a empresa contratada forneça elementos técnicos, financeiros e jurídicos que possam subsidiar a modelagem da concessão comercial.

Segundo o texto publicado no Diário Oficial, o contrato envolve “estudos, análises mercadológicas, legais, financeiras e de outras informações técnicas que subsidiem o desenvolvimento de modelagem técnica, econômico-financeira e jurídica do estudo para a concessão comercial abrangendo as áreas eternas a estação (empreendimentos imobiliários) e internas/operacionais (espaços comeciais, lojas e serviços)”.

Trata-se de uma abordagem comercial sem similar no Brasil e que foi delineada em 2019 pela agência AFD, a ONG francesa CODATU, a consultoria AREP, ligada à estatal SCNF e a subidiária brasileira da consultoria Egis.

Nesse esboço, a estação Palmeiras-Barra Funda e suas imediações receberiam investimentos que fariam do local um imenso centro de convivência com edifícios comerciais, shoppings, hoteis, restaurantes, lojas e entretenimento, sem falar num ambiente mais agradável e sustentável.

O potencial do equipamento público é enorme afinal a estação reúne hoje várias linhas da CPTM e uma do Metrô, além de uma rodoviária e terminal de ônibus. E que vai receber num futuro a médio prazo as linhas 11-Coral e 13-Jade e o Trem Intercidades para Campinas.

Ou seja, o volume de passageiros diários, que era de 600 mil antes da pandemia, pode crescer de forma significativa. O primeiro estudo dividiu a implantação em fases, de complexidade e custos diferentes, mas que incluiria reforma dos fluxos de passageiros, melhoria dos espaços públicos, instalação de paineis voltaicos, entre outros.

O estudo também previu a melhoria do acesso entre a região norte e sul da estação, hoje de difícil passagem. Para isso seria criado um enorme corredor sobre as vias, que facilitaria os deslocamentos dos pedestres. Haveria um paisagismo significativo além da construção de edifícios residenciais, comerciais, hoteis e instituições de ensino, por exemplo.

Por enquanto, o plano depende desse novo estudo para se provar viável financeiramente. A licitação será realizada por pregão eletrônico no dia 06 de maio.

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4 comments
    1. Arquitetos tem. Mas o problema é que quem bate o martelo para os projetos andarem são pessoas de cabeça quadrada no poder.

  1. Deveriam tirar aquele projeto da gaveta da Operação Lapa-Bras e fazer o enterramento de trilhos, isso sim seria um excelente investimento. Que porcaria de projeto.

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