Metrô tem menor prejuízo desde o início da pandemia

Companhia aumentou sua receita bruta no penúltimo mês do ano, entretanto, mas perda ainda chegou a quase R$ 93 milhões em novembro
Trem do Metrô: prejuízo menor (Ac / Fotos Publicas)

Após vários meses operando com uma brutal queda devido à pandemia, o Metrô de São Paulo apresentou o menor prejuízo mensal desde fevereiro, último mês ‘normal’ de 2020. Em novembro, a companhia registrou um prejuízo total de R$ 92,8 milhões, menor do que o apresentado em março, primeiro mês afetado pela quarentena.

Os efeitos da pandemia do coronavírus se tornam evidentes ao analisarmos as informações financeiras da empresa. A queda na arrecadação se deve sobretudo ao abrupto decréscimo no número de passageiros. Como reflexo dessa queda, temos também a redução nas receitas não tarifárias, ou seja, todo o valor arrecadado que não é proveniente da aquisição do direito de viagem.

Durante o mês de novembro a Região Metropolitana de São Paulo estava classificada na fase verde do Plano SP. Durante essa fase mais branda foi registrado aumento na arrecadação oriundas das três fontes que compõe o que chamamos de “Receita Operacional Bruta”. Comparado com o mês de outubro a variação dos três indicadores foi positiva:

A Receita tarifaria passou de R$ 94,995 mi para R$ 96,721 mi (alta de  1,8%)
A Receita não tarifária passou de R$ 14,304 mi para R$ 19,961 mi (alta de 39,5%)
As gratuidades passaram de R$ 18,417 mi para R$ 19,642 mi (alta de 6,7%)

Em relação aos “Custos do Serviço Prestado”, pouco mudou ao longo do ano. Essa é uma tendência esperada, já que, por mais que a queda na demanda seja expressiva, os custos fixos geralmente sofrem pouca variação ao longo do ano. No mês de novembro houve alta se comparado à outubro. Analisando individualmente cada componente é possível obter o seguinte panorama:

O custo com ‘Pessoal’ passou de R$ 102,624 mi para R$ 106,626 mi (alta de 3,9%)
O custo com ‘Materiais’ passou de R$ 4,333 mi para R$ 4,898 mi (alta de 13%)
O custo com ‘Serviços Terceirizados’ passou de R$ 12,379 mi para R$ 12,739 mi (alta de 2,9%)
Os ‘Gastos Gerais’ passaram de R$ 20,586 mi para R$ 22,242 mi (alta de 8%)
A Depreciação e Amortização passaram de R$ 51,399 mi para R$ 51,241 mi (queda de 0,3%)

Por fim, o resultado bruto do mês de novembro, após impostos e deduções, foi de aproximadamente R$ 66 milhões negativos, sendo superior ao de outubro em 2,4% acompanhando a tendência positiva do aumento da receita. O acumulado para o ano de 2020 está na faixa dos R$800 milhões negativos.

Dados financeiros do Metrô em novembro

Cenário futuro

No mês de dezembro, o governo estadual voltou a ajustar a Plano SP e o estado regrediu para a fase amarela. Por consequência dessa ação houve aumento nas restrições. Entretanto, o cenário de queda na arrecadação é incerto, devido às compras de fim de ano que costumam movimentar muitos passageiros. Para 2021 o cenário é mais otimista. Com a chegada das primeiras vacinas para janeiro e a abertura de novas estações, podemos esperar alta no número de passageiros transportados ao longo do ano.

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