Projeto de fornecimento de eletricidade da Linha 17-Ouro pode ser destravado

Licitação está suspensa desde junho, mas Metrô pode retomá-la após finalizar análise de recurso de concorrente derrotada
Trem da Linha 17 (BYD)

A Linha 17-Ouro será uma “herança” preocupante que o próximo governador receberá em 2023. Embora a atual gestão tenha conseguido resolver vários problemas que impediam o andamento do projeto, ainda persistem situações de difícil resolução.

Uma delas diz respeito à implantação do sistema de alimentação elétrica do ramal de monotrilho. Trata-se de uma parte vital por envolver justamente a energia elétrica necessária para que os trens possam circular, além de manter outros sistemas funcionando.

Como em vários contratos relativos à Linha 17, este também passou por vários imprevistos. O consórcio original, Grupo Isolux Corsán-Linha 17-Metrô, mal assumiu o projeto e pouco fez. O Metrô então chamou o segundo colocado, TSEA-Ferreira Guedes-Adtranz, também descumpriu o cronograma, executando apenas 3% do previsto, segundo um relatório de 2021.

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Embora tenha multado o consórcio e rescindido contrato, a companhia do estado relançou a licitação e dois dos integrantes do consórcio original, Ferreira Guedes e Adtranz, foram selecionados para retomar o projeto, por um valor de R$ 568,7 milhões, 193% mais alto que o contrato anterior, de R$ 194 milhões.

As duas empresas foram apontadas como donas da melhor proposta em maio, porém, no mês seguinte a empresa MPE Engenharia entrou com um recurso administrativo questionando a forma como o Metrô calculou o valor total oferecido por ela, ao somar a parte equivalente em reais e em moeda estrangeira. Enquanto o Metrô apontou uma proposta de R$ 606,5 milhões, a MPE afirmou que o correto seria R$ 581 milhões.

Planta que mostra a localização da subestação de energia elétrica da Linha 17 e no detalhe o terreno onde ela será construída

Apesar de não afetar a ordem de propostas, já que o Ferreira Guedes/Adtranz ofereceu R$ 569 milhões, o Metrô levou quase cinco meses para aceitar o argumento da MPE. No dia 13 deste mês, o gerente de contratações e compra da empresa comunicou que o recurso foi aceito, mas mantendo o resultado original.”Considerando que esta correção não altera a ordem de classificação das propostas ratifica-se o resultado da fase de habilitação e seleção publicado em 27.05.2022″, diz o aviso que foi divulgado apenas nesta quinta-feira, 27.

Com isso, possivelmente o Metrô deve dar sequência ao certame, habilitando o Consórcio Ferreira Guedes/Adtranz e iniciando os trâmites para assinatura do contrato. Serão 21 meses para concluir os sistemas, que contarão com uma ligação subterrânea da Subestação Bandeirantes até um ponto de entrada nas vias da Linha 17. Se a ordem de serviço for emitida até dezembro, esse contrato poderia em tese ser resolvido até o segundo semestre de 2024.

 

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