ViaMobilidade vai implantar sistema de controle de trens mais eficiente na Linha 8-Diamante em 2024

Linha 8-Diamante deverá ganhar sistema de sinalização ATO (Jean Carlos)
Linha 8-Diamante deverá ganhar sistema de sinalização ATO (Jean Carlos)

A ViaMobilidade, operadora das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos, deverá realizar investimentos importantes no sistema de sinalização. Além da modernização do sistema analógico remanescente da Fepasa, a concessionária deverá implantar o sistema ATO (Controle Automático de Trens) no trecho entre Júlio Prestes e Itapevi.

A implantação do sistema de sinalização ATO (Automatic Train Operation) e do ATS (Automatic Train Supervision) são investimentos inéditos não previstos no contrato de concessão.

Segundo a ViaMobilidade, os novos sistemas serão implantados no trecho entre Júlio Prestes e Itapevi. A previsão para a conclusão destes novos empreendimentos foi estipulada para 2024.

“As mudanças incluem um novo sistema de supervisão e controle de tráfego (ATS – Automatic Train Supervision) para a Linha 8, assim como a implantação de um sistema ATO (Automatic Train Operation) de via para o trecho de Júlio Prestes a Itapevi. A previsão é de que estes trabalhos sejam concluídos em 2024.”

Novos trens são equipados com ATO (Jean Carlos)
Novos trens são equipados com ATO (Jean Carlos)

Operação mais eficiente na Linha 8-Diamante

O sistema de sinalização ATO permitirá que os trens possam circular de forma automática. Os trens deverão realizar aceleração, frenagem e abertura de portas de forma totalmente automatizada, trazendo maior desempenho para a operação e economia de energia.

O sistema ATS, que é implantado no CCO, permitirá que o controle da operação seja otimizado. Os trens poderão circular em rotas pré-programadas ou segundo o comando do controlador de tráfego. Um servidor, que é um computador de alta potência, deverá fazer a gestão de todas as informações.

Controle da operação poderá ser automatizado com supervisão do controlador de trafego (Jean Carlos)
Controle da operação poderá ser automatizado com supervisão do controlador de trafego (Jean Carlos)

 

A união dos dois sistemas permitirá que a operação possa ser regulada de forma mais eficaz. Isso trará ao passageiro maior previsibilidade nas suas viagens e maior estabilidade na operação da Linha 8-Diamante.

Apesar do alto grau de automatismo, os operadores de trens ainda são peças fundamentais para a operação das composições. Os mesmos serão responsáveis por atuar em situações emergenciais, prestando auxílio aos passageiros e comunicando o CCO em casos de anormalidade.

Maquinistas ainda serão necessários nas cabines dos trens (Jean Carlos)
Maquinistas ainda serão necessários nas cabines dos trens (Jean Carlos)

Modernização do sistema analógico por digital

A modernização do sistema de sinalização da Linha 8-Diamante começa a dar sinais visíveis de implantação. A melhoria prevista no contrato de concessão vai aprimorar a segurança e o controle de trens em parte do trecho. Os equipamentos são fabricados pela empresa alemã Siemens.

Como já exposto em matérias passadas, a modernização do sistema de sinalização ocorrerá no trecho entre Imperatriz Leopoldina e Osasco, chamado de “Domínio 2”. Esse é o único trecho que ainda opera com equipamentos da época da Fepasa com quase 40 anos de uso.

Sistema de sinalização baseado em relês (Jean Carlos)
Sistema de sinalização baseado em relês (Jean Carlos)

No trecho é possível visualizar de forma clara os novos sinaleiros que irão compor o novo sistema. Os sinais com dois focos, um amarelo e outro vermelho, facilitam a leitura por parte dos maquinistas.

O novo sistema também trará benefícios para a Linha 9-Esmeralda que sofrerá impactos positivos no trecho entre Osasco e Presidente Altino.

Novo sinaleiro em Presidente Altino (Jean Carlos)
Novo sinaleiro em Presidente Altino (Jean Carlos)

De forma resumida, o novo sistema de sinalização digital trará maiores benefícios do que o sistema atual. O tempo de resposta dos comandos recebidos do CCO e executados no campo será menor. Os equipamentos eletromecânicos serão trocados por placas eletrônicas e softwares programados.

“Estes sistemas fazem a interface com os equipamentos que ficam na via, como as máquinas de chave, por exemplo, que são utilizadas para realizar a mudança dos trens de uma via para a outra. Os intertravamentos também “conversam” com os sinaleiros, que funcionam como semáforos na ferrovia e ainda determinam a velocidade que o trem deve desempenhar em determinado trecho, dependendo das condições, como por exemplo, proximidade do trem à frente”

Em termos de manutenção, haverá a necessidade de menos equipamentos para a realização de reparos, tornando o processo de restabelecimento mais rápido. O sistema também permitirá a coleta de dados, aumentando a vigilância no sistema e minimizando eventuais impactos na operação.

Sinaleiro novo implantado na estação Osasco atrás de sinal antigo (Jean Carlos)
Sinaleiro novo implantado na estação Osasco atrás de sinal antigo (Jean Carlos)

Para a modernização do sistema, uma série de novos equipamentos está sendo adotada. São ao todo 10 servidores e seis estações de trabalho para o CCO de Presidente Altino.

Em campo está sendo realizada a troca de 40 sinaleiros de um aspecto por sinais de dois aspectos. Vinte circuitos de via deverão ser modernizados e 30 quilômetros de novos cabos deverão ser implantados para dar suporte a toda a infraestrutura.

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