ViaQuatro vai pedir novo reequilíbrio de contrato por conta de atrasos em obras

Apresentação mostra que a concessionária está discutindo com o governo o ajuste financeiro devido ao atraso das obras da Fase 2 da Linha 4-Amarela
ViaQuatro deverá pedir novo reequilíbrio de contrato (Jean Carlos)
ViaQuatro deverá pedir novo reequilíbrio de contrato (Jean Carlos)

Pode parecer notícia repetida, mas a ViaQuatro, operadora da Linha 4-Amarela de metrô, deverá pedir novamente o reequilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão firmado junto ao governo do estado.

A informação consta da apresentação realizada no CCR Day 2024, um evento corporativo onde os dirigentes do Grupo CCR fazem um balanço e perspectivas para o futuro da empresa e de suas companhias associadas.

No tópico de de-risking operacional e gestão contratual consta que a ViaQuatro está em discussão com o governo do estado para pleitear um reequilíbrio de contrato devido aos atrasos da Fase 2 da Linha 4-Amarela.

Estação Vila Sonia da Fase 2 da Linha 4-Amarela (Jean Carlos)
Estação Vila Sonia da Fase 2 da Linha 4-Amarela (Jean Carlos)

A Fase 2 da Linha 4-Amarela incluía as estações remanescentes do trecho inicial, sendo elas Higienópolis Mackenzie, Oscar Freire, Fradique Coutinho, São Paulo-Morumbi e Vila Sônia, a última entregue.

A apresentação não justifica o motivo da ViaQuatro em pedir um novo reequilíbrio. Cabe citar que a empresa ganhou R$ 1 bilhão a título de reequilíbrio de contrato pelo mesmo motivo alegado atualmente, ou seja, atraso nas obras da Fase 2.

Após litígio, governo acerta indenização bilionária à Via Quatro por atrasos na Linha 4

Em 2023 a concessionária conseguiu pleitear com sucesso um reequilíbrio de contrato no valor de R$ 682,6 milhões que será pago através de ajuste na tarifa de remuneração.

Como este site destacou, o total de ajustes financeiros dos contratos de mobilidade do Grupo CCR com o governo do estado chegou a mais de R$ 2 bilhões incluindo a ViaQuatro e ViaMobilidade Linhas 5 e 17.

Governo de São Paulo vai pagar mais de R$ 2 bilhões para o Grupo CCR a título de reequilíbrio de contratos

O governo do estado realiza análises para deliberar ou não pelo reequilíbrio de contrato que pode ser realizado através de pagamento direto ou por ajuste nas tarifas de remuneração, o que poderia diluir o custo ao longo dos anos.

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29 comments
  1. Absurdo! Como os privateiros gostam de dizer, estão “mamando nas tetas do estado”.

    Metrô e CPTM não ganham nenhum equilíbrio financeiro.

    1. As estatais não recebem compensação porque, malandramente, a lei não obriga.

      A ausência de compensação às estatais não resulta em menor custo de operação. Trata-se apenas de economia porca e manobra contábil, transferindo a dívida dos governos de CNPJ. Mas no frigir dos ovos, tudo se converte em dívida pública, altas taxas de juros e desvalorização da moeda.

  2. Malandro é malandro e maná é mané… pode se entender como malandro… empresa privada que só objetiva o lucro incessante… governador que visivelmente favorece a empresa… e do outro lado os manés… mané que paga a conta (povo) e mané que não usa o transporte publico mas defente a privatização…

    1. O legal é que o mané que defende a privatização também tá pagando a conta, mesmo sem andar no metrô.

    2. Pra vc estar correto eh preciso que os requilibrios sejam maior do que o valor investido pela empresa e que o custo de operação seja maior do que o do Metrô. E isso ainda não ocorreu.

  3. aí é fácil…. embolsa o lucro. e divide o prejuízo com o povo.. até eu quero uma mamata dessas.. neste caso, a lei do estado minimo não vale.. se fosse para pagar um Bolsa Família, esse pessoal da elite mais abastado reclama que o povo pobre é vagabundo não quer saber de trabalhar…

      1. Quem acompanha vê que a Acciona está fazendo um trabalho espetacular. As informações erradas geotécnicas de solo é culpa da Acciona ou de quem informou errado antes da concessão? Por que não responsabilizar a empresa que fez os estudos geotécnicos?

        1. A incompetência ao acertar o emissário de esgoto da Sabesp não conta no atraso? Me desculpe mas cabe ao executor as medidas para mitigar os riscos inerentes as escavações… Ou querem economizar nisso também?

          1. Mas quem errou nao foi a Acciona, foi a sabesp que nao colocou as medidas certas no “as built” do emissário

  4. Por que a CPTM não pede o reequilíbrio financeiro pelo atraso na devolução dos trens pela Via Mobilidade?

  5. Se a cobrança for indevida que o governo vá para justiça para decidir
    Agora , se for devida que pague e fim de papo e o governo que aprenda a não ser incompetente .
    A CCR tem a obrigação de cobrar o que ela entende que lhe é devido senão os acionistas simplesmente trocam a diretoria omissa ..
    As conjecturas aqui levantadas de fraude etc devem ser provadas antes de afirmadas como verdade inconteste

    1. ta na hora do Governo do Estado bater na mesa e não dar esse repasse pois já foi dado ano passado e agora a CCR tá querendo dar uma de malandro, para ver se colar colou.
      cabe ao Governo do Estado não se curvar a essa malandragem deles.
      não nos decepcione Tarcísio, coloque a CCR no lugar deles.
      Esse pedido deles é imoral , pois pleitear isso agora não faz sentido, e ano passado o Governo já fez o repasse para a CCR.

  6. Como é que é aquele velho discurso batido mesmo???
    – “Privatiza que é mais eficiente e mais barato, e o governo ficará ‘livre’ pra cuidar apenas da saúde e da educação”…
    Tal discurso já faliu no mundo inteiro, mas por aqui não falta quem queira continuar acreditando nele. E o pior mesmo é que todos nós, contribuintes, somos obrigados a continuar pagando a conta.

    1. Discurso falido é da mais-valia e valor-trabalho, que fracassou em todos os países que foi implantado.
      A operação privada acaba com os supersalários e mamatas do funcionalismo público e ainda exige mais responsabilidade dos governantes, justamente por prever reequilíbrio financeiro. O suposto baixo custo da operação estatal não passa de economia porca.

      1. Quais supersalarios são esses??? Ja vi várias vezes site Portal da Transparência e não vi nenhum supersalario, exceto para cargos de alto escalão, mas ai em qualquer empresa tem.

  7. Super tranquilo!! com a turma do Tarcísio, “reequilíbrio”de contrato será moleza!! já tá conquistado!
    O contrato terá um aditivo muito generoso, para a iniciativa privada/com dinheiro público, não ter dificuldades! Mais o pagamento de 600 milhões, devido ao baixo movimento na pandemia do COVID.
    Iniciativa privada? kkkkkkk

  8. Privada ou pública, a CCR deveria ser proibida de assumir qualquer coisa no estado de SP. Inclusive deveria perder as linhas que comanda. Trabalha MUITO MAL

  9. Pra isso dá pra fazer renegociação de contrato, agora pra garantir as gratuidades dos PCDs não tem como, né?

    E ainda tem gente que aplaude…

  10. Primeiro, eh preciso ver se ela tem razão. Digamos que esteja. Sendo assim, sem considerar o reequilíbrio da Pandemia, eh preciso que o total de reequilíbrio passe dos 3 bilhões e o custo operacional da Via Quatro seja maior do que Metrô, para aí sim, alguém dizer que o Estado tomou prejuízo com essa concessão. Do contrário, o Estado ainda tá na vantagem.

    1. Cara para de papo, não investem e ainda tem pedido de reequilíbrio? Anos e anos mesmo na pandemia lucrando absurdamente, e o retorno (investimento) é pífio. O estado , os trabalhadores de transporte metrô ferroviário e a população estão no prejuízo.

      1. Cadê a planilha com os lucros abusivos?? Ah sim, você defende a teoria da mais-valia e valor-trabalho, na qual todo tipo de lucro é exploração do trabalhador.

        A obrigação de assumir todas as despesas extraordinárias é do locador, não do locatário. Se a perda de passageiros fosse culpa da CCR, não caberia compensação, mas como a culpa foi do isolamento social forçado pelo GESP, o mesmo deve sim compensar todas as operadoras.

        E o funcionalismo tem que sofrer corte de salário e benefícios sim! O Brasil precisa acabar com a cultura dos concurseiros, antes que 100% do PIB seja destinado apenas para custear o próprio Estado.

  11. Quando se faz a leitura das planilhas permite concluir que nenhuma das múltiplas linhas do Metrô-SP e CPTM desde que o PSDB/Republicanos assumiu, e que já fazem mais de 30 anos estão concluídas, e assim continuaram incompletas propositalmente e mantidas estas incoerências, pois as Linhas 1 e 3 já existiam, o mesmo ocorre com a Linha 13-Jade da CPTM que além de incompleta possui uma baixíssima demanda ridícula, isto faz conforme argumentos de alguns entregar precipitadamente linhas incompletas para que os contratos de concessão mal elaborados sejam motivos para continuar extorquindo a população em nome de uma suposta eficiência do Estado possui como vem ocorrendo pós PSDB, mantendo refém e injetando verbas continuamente, é só analisar o histórico das últimas décadas que a intenção fica clara, mas a miopia de alguns bajuladores insistem em não enxergar!
    Com a palavra os defensores de concessões perniciosas ao Estado e principalmente a população que é mal servida, e ainda paga dividendos para os acionistas e bajuladores de plantão?

  12. Justo, muito justo, justíssimo.

    É dever do locador entregar o bem em boas condições e arcar com todas as despesas extraordinárias futuras. Se as obras atrasaram por culpa da corrupção do governo estadual, é dever do mesmo restituir a CCR pela perda de arrecardação.

    Ao invés de criticar a CCR, os estatistas deveriam lutar para que o governo estadual também fosse obrigado a restituir o Metrô pelos longos atrasos em obras. O suposto menor custo da operação estatal é obtido através de economia porca, que no fundo só aumenta a divída pública brasileira.

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