Consórcio que finaliza obras da Linha 17 ganha reajuste de quase R$ 9 milhões

Metrô acertou segundo aditivo com Consórcio Monotrilho Ouro, formado pelas empresas KPE e Coesa, e que elevou valor do contrato para R$ 507,3 milhões um ano após ser assinado
A estação Washington Luiz sem estruturas metálicas e o pátio Água Espraiada ao fundo (iTechdrones)

O Metrô assinou um segundo aditivo contratual com o Consórcio Monotrilho Ouro (KPE e Coesa) no dia 21 de dezembro e que envolve as obras complementares da Linha 17-Ouro, de monotrilho.

A mudança envolve um reajuste de R$ 8,7 milhões no contrato original, que tinha valor total de R$ 498,6 milhões. Com o acréscimo, o consórcio receberá agora R$ 507,3 milhões.

O aditivo não explica as razões do aumento, apenas cita a substituição de uma planilha de serviços e preços e que deveria constar do documento disponibilizado no site do Metrô. Porém, o arquivo está em branco.

Apesar disso, o acréscimo de quase R$ 9 milhões pode estar relacionado ao aumento dos custos com estruturas metálicas necessárias para concluir as estações e o pátio de manutenção.

Durante entrevista coletiva em dezembro, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Paulo Galli, comentou sobre o assunto. “Estamos finalizando o aditamento desse contrato para resolver a questão de aço, houve mais de 100% de aumento do aço, o que impactou significativamente o contrato”, disse.

O secretário Paulo Galli: obra da Linha 17 “mais visível” em 2022 (GESP)

Ainda segundo ele, o consórcio já encomendou as estruturas que faltam para concluir o projeto e prometeu que as obras ganharão velocidade neste trimestre com a chegada desses materiais aos canteiros “para ficar mais visível essa obra”, explicou Galli.

Vale lembrar que a Coesa Engenharia assinou o contrato para realizar as obras complementares da Linha 17 em dezembro de 2020 após uma batalha judicial em que conseguiu desbancar a Constran, empresa originalmente escolhida.

Na época, a Coesa foi acusada de ter uma situação financeira frágil, o que ela negava. Ainda em meados do ano passado, a empresa ganhou a companhia da KPE, outra subsidiária da construtora OAS, que reforçou as atividades, até então tocadas em ritmo bastante modesto.

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  1. Creio que a linha 17 do monotrilho está demorando para ser concluída não por problemas técnicos, mas principalmente por licitações mal feitas que geram questionamentos na Justiça e por selecionarem empreiteiras que não têm capacidade de gerir uma obra deste porte.

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