Estação João Dias começa a funcionar no sábado em horário integral

Nova parada da Linha 9-Esmeralda, construída por iniciativa da empresa Brookfield, foi inaugurada nesta sexta-feira e abrirá aos passageiros a partir do dia 6 das 4 horas à meia-noite
Entrada da estação João Dias (Jean Carlos)

O governo Doria inaugurou a estação João Dias, 20ª parada da Linha 9-Esmeralda da CPTM, nesta sexta-feira. No entanto, ela só passará a funcionar no sábado, 6 de novembro.

A boa notícia é que João Dias estreará em horário integral, das 4 horas à meia-noite. Trata-se de um caso em que a obra e adaptação de sistemas foi de fato concluída, ao contrário da inauguração de Mendes-Vila Natal em agosto, que ainda não foi concluída.

Segundo a CPTM, a nova estação terá uma demanda de 10 mil passageiros por dia, mas o governador João Doria citou um público maior, de 20 mil a 30 mil usuários.

A obra da estação foi bancada principalmente pela empresa Brookfield Properties, dona de um conjunto corporativo onde foi erguido o acesso. O grupo privado investiu R$ 60 milhões no projeto que foi doado à CPTM, que da sua parte destinou R$ 21 milhões para a parte de vias.

Construída como bilheteria, guichês foram adaptados para venda do cartão TOP (Jean Carlos)

A localização da nova parada é bastante oportuna já que ficará quase que equidistante das estações Santo Amaro (2 km) e Granja Julieta (1,9 km) e próxima à avenida João Dias.

Ela foi aberta sem a bilheteria, que foi substituída pelo serviço de venda do cartão TOP, que o governo lançou também nesta sexta-feira.

A intenção de construir a estação é bastante antiga. A Brookfield já citava a possibilidade há cerca de 10 anos quando iniciou o projeto das então chamadas Torre Sigma. Mas a burocracia do estado impediu que ela saísse do papel antes já que não existia um caso semelhante até hoje.

Bloqueios da estação (Jean Carlos)

Todas essas etapas que viabilizaram o projeto, vale lembrar, foram gestadas pelo governo de Geraldo Alckmin, antecessor de Doria.

Coube à atual gestão receber em março de 2019 uma MIP (Manifestação de Interesse Privado) da Brookfied, oficializando a intenção de tirá-la do papel. Após os trâmites, em março do ano passado foi dado luz verde para a construção, que se mostrou muito veloz sem a interferência do poder público.

O governador ressaltou a boa experiência com João Dias como um exemplo para que outros projetos semelhantes sejam lançados, mas até aqui nada foi apresentado pela atual administração, apesar da defesa do investimento privado.

Visão aérea da estação João Dias (iTechdrones)

Embora esteja sob responsabilidade da CPTM, a estação João Dias será repassada, juntamente com toda a Linha 9 e a Linha 8-Diamante para a ViaMobilidade Linhas 8 e 9 a partir de 25 de janeiro. A concessionária foi vencedora do leilão realizado no início do ano e ficará à frente da operação por 30 anos.

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8 comments
  1. Agora é torcer pros donos da UnimedHall fazerem uma estação em frente ao complexo, no Jardim Dom Bosco.

    O Hall fica a exatos 1KM de Santo Amaro, então é perfeito pra uma estação ali.

    1. Verdade Marcos. É bom juntarmos argumentos favoráveis para serem enviados por e-mail para as empresas, e acabar mexendo no interesse delas.

      Por exemplo, a BrookField, já mexia no ramo imobiliário, ela sabia que uma estação iria trazer uma valorização do valor de mercado da propriedade, dada a utilidade que dá um acesso aos usuários e clientes. “Trazer valorização do valor do imóvel” seria um ponto a ser levantado, por exemplo.

      Quanto mais pontos de vantagens levantadas, melhor.

      1. Todo empreendimento que cause impacto no entorno, é obrigatório por lei que se faça algo como forma de amenizar o impacto, como construir ou alargar uma avenida, criar novas rotas, e etc. A Brookfield optou pela construção da estação. Então não foi bem a história de fazer a estação para valorizar a obra, ou achar q outras estações vão sair no mesmo estilo, pois dificilmente algum outro caso semelhante a esse vai existir

        1. Você está dizendo que ela lutou uns 10 anos para poder ter jurisprudência para construir uma estação quando ela poderia construir mais uma rua? O que sairia bem mais barato, diga-se de passagem…

          Eu acredito que a valorização do empreendimento foi levada em consideração sim. Matar um coelho com uma cajadada só nunca foi demais, principalmente com uns gasto de 60 milhões por parte da imobiliária.

          1. Não necessariamente seria construir uma rua. Daí vc precisaria de ver o estudo de impacto da vizinhança. Se ela uniu o útil ao agradável, ok, mas dificilmente faria se não houvesse uma legislação que a obrigasse a uma compensação.

            Mas o fato central é que esta estação não foi projetada exclusivamente para atender ou valorizar o empreendimento, ou por uma parceria inovadora entre governo e iniciativa privada, como vende-se a ideia. Portanto esperar novas estações nesse modelo é quase impossível. No Brasil e em SP principalmente, se espera investimentos em infraestrutura pelo poder público para investir ou valorizar empreendimentos, do que investir em obras públicas para valorizar seus empreendimentos.

    1. Havendo a impossibilidade de bancar poderia propor uma outra saída. Daria algumas sugestões que poderia ser mais viável.
      * Ofertar a contrapartida disponibilizando colaboradores para construção das estações até a estação São Paulo – Morumbi.
      * Verificar com o Gov. do Estado alguma obra pendente na saúde ou educação e possa assumir até a sua conclusão.
      * Disponibilizar vagas de estágio nas ETECs e FATECs aos alunos.
      * Efetuar convênio com Sec. Est. da Assis. e Desen. Social a aquisição de cestas básicas.

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