Metrô consegue fechar naming rights de duas de três estações leiloadas

Apenas uma empresa participou dos três leilões desta semana, que incluíram as estações Penha, Carrão e Saúde, única a não chegar a uma oferta mínima esperada pela companhia
Totem fictício da estação Saúde: naming rights do Metrô devem ajudar a padronizar sinalização (Ilustrção sobre imagem do Google)

As três primeiras licitações de concessão do direito de renomeação de estações do Metrô de São Paulo terminaram com dois leilões bem sucedidos e um frustrado. As estações Penha e Carrão, ambas da Linha 3-Vermelha, acabaram com propostas de remuneração mensal de R$ 102 mil e R$ 168 mil, respectivamente.

Já a estação Saúde, uma das apostas do projeto por conta da associação com entidades de medicina e seguro-saúde, acabou sem acordo após uma proposta final de apenas R$ 50 mil.

Os três leilões foram realizados entre a terça-feira, 8, e esta quinta-feira e atraíram apenas um interessado, a DSM – Digital Sports Multimedia. A empresa, que faz gestão de publicidade e possivelmente intermediaria a venda do espaço para outras empresas, foi prevista no edital, que permite que a marca a ser divulgada seja gerida por terceiros.

Em tese, a DSM pode representar alguma empresa cuja marca será usada nessas estações, ou então, irá oferecer esse produto no mercado.

A concessão dos chamados “naming rights” é uma das saídas para injetar recursos financeiros na companhia, que acumula prejuízo bilionário entre 2020 e 2021. Após estudos de mercado, o Metrô considerou a modalidade válida, mas selecionou apenas estações com maior potencial de gerar interesse publicitário.

Exemplos de como podem ficar os totens e testeiras das estações do Metrô com o patrocínio

A empresa, no entanto, mantém sigilo sobre o valor mínimo que espera obter de aluguel do espaço num prazo de 10 anos. Pelos valores aceitos, no entanto, é possível projetar que uma receita de pelo menos R$ 12 milhões em todo o contrato foi considerada válida pelo Metrô (remuneração mensal de R$ 102 milhões vezes 120 meses).

À Folha de São Paulo, o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, disse em maio que o objetivo é levantar R$ 1 bilhão ainda neste ano com as concessões dos nomes das estações.

As marcas escolhidas serão adicionadas aos nomes das estações e exibidas em formato padronizado em totens, testeiras, mapas e toda a comunicação audiovisual do Metrô. Segundo a empresa, o valor arrecadado será usado para padronizar a sinalização de todas as estações do sistema.

Nesta sexta-feira, os leilões terão sequência com estações localizadas em regiões centrais e que têm demanda bastante elevada. Amanhã será a vez de Anhangabaú, da Linha 3-Vermelha. Na segunda-feira, 14, e na quarta-feira (16), o Metrô realizarã o leilão de duas estações da Linha 2-Verde localizadas na avenida Paulista, Brigadeiro e Consolação.

EstaçãoRamal Data do leilão
AnhangabaúLinha 3-Vermelha11/06/2021
ConsolaçãoLinha 2-Verde16/06/2021
BrigadeiroLinha 2-Verde14/06/2021
As datas dos leilões restantes

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3 comments
  1. Eu acho muito válido serem concedidos os Naming Rights das estações, no começo eu achei estra a ideia mas analisando melhor, só tem vantagens, a primeira é que o Estado vai conseguir deixar o valor da passagem no preço que está agora, o que não é caro. Já a segunda vantagem é que vai ser padronizado a comunicação visual das estações, e terceiro que esse padrão das placas é melhor q o atual do metrô (aquele com as placas azuis e uma faixa da cor da linha, exemplo: linha 15 e trecho novo da linha 5), esse novo esquema visual é melhor pq integra as linhas operadas pelo metrô estatal (péssima qualidade) e as linhas concedidas.

      1. Vc acha normal uma linha ter problemas na segunda-feira, outra ter problemas na quarta, e na sexta ter greve? Isso já aconteceu em uma só em 2019, não se pode falar q o CMSP presta um bom serviço para a população…

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