Metrô lança concessão de “naming rights” de seis estações

Após obter aval da comissão responsável pela Lei da Cidade Limpa, companhia irá leiloar direito de nomeação parcial das estações Saúde, Penha, Carrão, Anhangabaú, Brigadeiro e Consolação
Exemplos de como podem ficar os totens e testeiras das estações do Metrô com o patrocínio

Após meses avaliando o potencial de venda dos “naming rights”, o Metrô de São Paulo lança nesta segunda-feira, 04, licitações de concessão do direito de nomeação parcial de seis de suas estações.

São elas Saúde, Penha, Carrão, Anhangabaú, Brigadeiro e Consolação, cujos detalhes do edital só serão conhecidos na próxima segunda. As sessões públicas de recebimento de propostas estão marcadas para o período entre 08 e 16 de junho.

A lista não traz ao menos três estações cotadas para serem oferecidas às empresas interessadas: Conceição, Faria Lima e Corinthians-Itaquera. A primeira foi citada como exemplo do potencial de venda já que se trata de uma parada associada à sede do Banco Itaú.

Faria Lima, por conta do entorno corporativo, também parecia ser uma aposta fácil. Já Corinthians-Itaquera teria recebido consultas da empresa Neo Química, que patrocina a arena vizinha à estação da Linha 3-Vermelha.

Por se tratarem de áreas públicas, não faria sentido o Metrô negociar diretamente com essas empresas sem um aviso ao mercado, a despeito da provável ausência de competidores.

Totem fictício da estação Saúde: naming rights do Metrô devem ajudar a padronizar sinalização (Ilustrção sobre imagem do Google)

No início de fevereiro, o diretor comercial do Metrô, Claudio Ferreira, durante apresentação à Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, da Prefeitura de São Paulo, afirmou que a intenção da companhia é de oferecer o direito de renomeação de cerca de 15 estações apenas, o que faz crer que haverá novas ofertas em breve.

Segundo Ferreira, o contrato de “naming rights” terá duração de 10 anos e renovável por mais 10 anos. As empresas terão direito a colocar sua logomarca e nome nos totens, placas nos acessos, áudio nos trens, mapas, redes sociais, aplicativos e outras peças relacionadas com a comunicação visual dos ramais.

Não será possível substituir o nome da estação, como explica o título da licitação (renomeação parcial). Embora tenha previsto que o Metrô conseguirá um bom valor pela cessão, o executivo não estimou qual será a mensalidade a ser paga pelas empresas.

O Metrô vive a maior crise financeira de sua história, com prejuízo acumulado de R$ 1,7 bilhão em 2020, agravado pela pandemia.

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12 comments
  1. Interessante essa iniciativa.
    Deveria ser seguida pela CBTU /Belo Horizonte.
    Mas infelizmente essa empresa federal só tem aumentado a tarifa ,igualando com a tarifa do ônibus,embora tenha apenas uma linha (incompleta) e enormes deficiências.

    1. Não tem como a cbtu seguir, ja ta mais que na hora dessa empresa deixar Bh(e outras capitais).

  2. Estação Neo Química – Corinthians – Itaquera

    Mais um pouco vira uma redação do Enem. Ridículo kkkkkk

  3. Com relação a nomeação das estações, elas deveriam favorecer e facilitar a localização do usuário, e o nome do patrocínio de forma reduzida a no máximo 25%, sempre após e jamais antes, desta forma deveria ser retirado imediatamente e banida obrigatoriamente as nomenclaturas de todos clubes em geral que vem antes, principalmente de futebol.

  4. Uma pessoa que chega em São Paulo pela primeira vez e que precisa ir ao Bairro da Saúde terá que entender que o nome Saúde-Sul America faz referência ao nome do bairro mesmo, e não uma propagaganda. Projeto ridículo esse.

    1. Estação Asa de Arapiraca – Barra Funda
      Estação Sem Mundial – Barra Funda
      Estação Freguesia – Morumbi

    2. Deveria ser estação Corinthians Itaquera Serasa ou Caixa Econômica Federal e a futura estação na linha laranja: Freguesia do Ó – Corinthians.

  5. Não acho que as vendas dos naming rights vai atrapalhar na visualização e localização dos nomes dos bairros nas estações.
    Sendo que o nome do bairro está acima da propaganda e em tamanho maior.
    Essa iniciativa é um dos métodos do metrô em aumentar a receita não tarifária, até concordo com o metrô nesse segmento.

    AGORA UMA OBSERVAÇÃO!

    O metrô com sua receita tarifária já garantida, aumenta a receita não tarifária existente, terceriza os funcionários da bilheteria e o breve fim de ambos, trem sem operador e a substituição do bilhete magnético (MAIS CARO) pelo QR CODE no celular ou impresso em papel (MAIS BARATO)
    Tudo isso de fato irá reduzir custos…
    Mas e a tarifa do transporte?
    Por que então, não é reduzida?

    1. O problema é que o Metrô tá no vermelho faz tempo, com a pandemia, o déficit é ainda maior. Essas medidas são pra diminuir um pouco o estrago. Voce está falando como se a relação receita/custo estivesse no zero a zero.

  6. como sempre falo aqui, é muito louvável essas propostas de receitas não tarifarias, mas o que precisa de fato ser feito é uma politica publica de subsidio do transporte publico, como existe em varias partes do mundo. ou cria um novo imposto, ou pega uma parte do ipva, ou o dinheiro das multas, ou pedagio urbano … o pedagio das estradas daria para subsidiar bem o transporte, mas as estradas já tem dono …

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