O governador Márcio França (PSB), que assumiu após a renúncia de Geraldo Alckmin no dia 6 de abril, autoriza nesta terça-feira (17) a retomada das obras da extensão da Linha 9-Esmeralda da CPTM. Os trabalhos, no entanto, serão reiniciados em partes já que o governo do estado depende de repasses federais para pagar a obra.
Nessa primeira fase serão assinados os contratos de construção de quatro viadutos necessários para organizar o trânsito na região. Eles contam com R$ 25 milhões liberados pelo Ministério das Cidades assim como o contrato para implantação de energia elétrica para alimentar 4,5 km de trilhos que serão acrescentados ao ramal.
A extensão ao sul da Linha 9 que acrescentará as estações Mendes-Vila Natal e Varginha foi iniciada em 2013 e paralisada no final de 2016. A razão foi burocrática, segundo a gestão Alckmin: a obra contava com verbas do PAC mas a licitação foi feita por um modelo incompatível com o programa federal e por isso não recebeu nenhum centavo da União. Com isso, o governo do estadual decidiu rescindir contrato com os consórcios que tocavam a extensão apenas com recursos do estado.
Agora, em vez de licitações globais, a CPTM está lançando editais específicos para cada projeto. O mais recente envolve o Lote 1 que engloba finalizar a estação Mendes e também parte das vias. O leilão deve ocorrer em maio e as obras, no segundo semestre, segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos.
O custo total da extensão é de R$ 945 milhões dos quais R$ 500 devem ser repassados pelo governo federal numa rada contribuição a fundo perdido para o estado de São Paulo. A estimativa da CPTM é que o acréscimo das duas estações vá elevar o movimento de passageiros dos atuais 620 mil usuários/dia para 730 mil/dia.