People Mover do Aeroporto de Guarulhos voltará a ser analisado pelo TCU

Ministro Vital do Rêgo, que suspendeu aditivo entre a ANAC e a GRU Airport que permitiria implantação do sistema de transporte entre os terminais e a Linha 13-Jade, analisará novos documentos em sessão a ser realizada nesta semana
O Aeromovel, People Mover do consórcio AeroGRU

Suspenso pelo Tribunal de Contas da União (TCU) dias depois de o governo Bolsonaro assinar um aditivo junto à GRU Airport para viabilizar sua implantação, o People Mover do Aeroporto de Guarulhos voltará a ser analisado pelo Ministro Vital do Rêgo nesta semana.

O relator levará o caso a plenário após receber novos documentos das entidades envolvidas no projeto, que prevê a construção de um sistema de transporte automatizado que ligue os três terminais do aeroporto à Linha 13-Jade da CPTM.

Anunciado pelo governador João Doria em maio de 2019, o People Mover vem passando por vários atrasos desde então. Primeiro porque havia divergências entre a concessionária do aeroporto, a GRU Airport, e a ANAC, a agência federal de aviação civil, quanto à escolha do fornecedor.

Pelos critérios do governo, levou o AeroGRU, consórcio liderado pela Aeromovel, do Rio Grande do Sul, porém, a GRU Airport preferia o sistema oferecido pela GRU Connecta, da empresa austríaca Doppelmayr, mas com custo bem maior.

Nesse meio tempo, ainda era preciso convencer o Tribunal de Contas da real necessidade do sistema, que substituirá um serviço gratuito de ônibus oferecido pela concessionária. Mas o governo federal nunca chegou a enviar os documentos solicitados pelo órgão de controle até que no início de setembro, o Ministério da Infraestrutura decidiu assinar o aditivo à revelia do TCU.

Dias depois, após admitir surpresa com a decisão, Vital do Rêgo suspendeu a execução do projeto até que os envolvidos enviassem evidências da viabilidade do projeto, orçado em R$ 217,7 milhões para sua construção.

A classificação das propostas iniciais para o People Mover de Guarulhos

Pedido de reconsideração

No início de outubro, o consórcio AeroGRU enviou uma carta ao TCU em que pediu a reconsideração a respeito da decisão de suspender o aditivo.

A empresa solicitou ainda que faça parte do processo mesmo não sendo citada diretamente na discussão.

A AeroGRU argumentou que já assinou contrato com a concessionária do aeroporto e que teria se comprometido com fornecedores além de alegar ter “tomado as providências para a montagem do canteiro de obras e mobilização de mão de obra, tudo isso em momento difícil, onde são notórias as desorganizações das cadeias produtivas com a falta de produtos e significativos aumentos de custos”.

No documento, o consórcio busca exaltar ter sido a melhor opção na concorrência realizada pela AeroGRU, seja pelo aspecto financeiro ou técnico, além de garantir a segurança e eficiência do sistema Aeromovel.

O traçado do People Mover

No entanto, um dos principais pontos questionados pelo TCU não envolve exatamente qual sistema será implementado, mas sim comprovar que um People Mover é a opção de transporte mais vantajosa se comparada a outras alternativas como o próprio ônibus.

O Tribunal, como se sabe, tem como principal função zelar pelo gasto dos recursos federais, nesse caso, a renúncia de parte da outorga devida pela GRU Airport à ANAC pela concessão do aeroporto.

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15 comments
  1. O mais engraçado toda notícia ruim só acontece nessa administração Jair Bolsonaro. Essa obra que é relativamente simples, sem nenhum entrave para construção e conclusão. Agregaria muito na valorização comercial nos territórios adjacentes do aeroporto que vem melhorando de maneira considerável.

    1. Não estou defendendo o Bolsonaro, mas esse people mover só é necessário pq a Dilma não pressionou a GruAirport para deixar a CPTM construir a linha 23 dentro do aeroporto, era simples, mas o Gov Fed nunca fez nada por São Paulo. E não estou defendendo o governo Bolsonaro.

      1. Não se preocupe, agora o Alckmin, que é o autor desse trem gambiarra, será vice do Lula e aí não vai ter mais o bozo pra boicotar as obras tukanas, kkkkkk

    2. Conforme opinião recente já emitida no blog Metrô CPTM pelo Ricardo Meier com as quais concordo totalmente, uma vez que existe este bloqueio contratual por conta de um contrato de concessão mal elaborado, para a extensão da Linha 13-Jade sem baldeação para os vários terminais da GRU Airport que comprovadamente seria tecnicamente a solução correta a exemplo que já ocorre atualmente no Terminal Tietê da Linha-1 Azul, entendo ser a melhor alternativa se manter os atuais ônibus circulares, uma vez que com todas as alternativas propostas se ira manter as mesmas baldeações inconvenientes, desconfortáveis e desnecessárias para quem utiliza bagagens, e nem aumentara a demanda desta linha e sim a expansão até Guarulhos, uma das clausulas de negociação para renovação deste contrato no futuro seria a eliminação deste inconveniente e desconfortável transbordo desnecessário com a linha Linha-13 Jade chegando até os terminais, pois não haverá aumento da demanda que seria o desejável.

  2. Vocês ficam aí dando chiliquinhos, mas quem está burocratizando tudo isso são os porcos conselheiros do TCU, que embora tenha um nome de “tribunal”, é um órgão consultivo do Poder Legislativo e os conselheiros são nomeados pelos parasitas do Congresso! O presidente não tem o menor interesse de atrasar isso aí, ele não diz “atrase as obras de propósito para prejudicar o Dória”, isso não tem nada a ver!

    1. O Sr. esta passando pano para essa administração? Poderia propor via seu ministro Tarcísio Gomes de Freitas conversar com os membros do TCU e solucionar essa questão; pensa o quanto de empregos poderia gerar neste momento de pandemia.
      Desse jeito que deseja ser reeleito e viabilizar um candidato ao palácio dos bandeirantes na sucessão do João Doria Jr. (PSDB/SP)?

      1. Tudo pode servir pra gerar empregos, ou vc faz questão de manter o povo desempregado, seu fascistinha psicopata?

  3. Seria tão simples convencer esse fulano do TCU, é só convidá-lo a ir com a família cheia de bagagem incluindo um carrinho de bebê a seguir da plataforma do trem até o ponto do ônibus para ele perceber a necessidade do People Mover.
    Afinal, é muito fácil ele questionar essa obra sentado numa mesa dentro de seu escritório sem conhecer o mundo real.

  4. “Concordo com o questionamento feito pelo TCU não envolve exatamente qual sistema será implementado, mas sim comprovar qual o sistema é a opção de transporte mais vantajosa e econômica se comparada a outras alternativas como os atuais ônibus”.
    Não haverá aumento expressivo de demanda e vantagens reais, e não será a simples troca dos atuais ônibus circulares na GRU Airport por VLT, Aero Móvel, Monotrilho ou People Mover ou quaisquer outros que irá aumentar esta baixíssima demanda desta linha 13-Jade, e sim focar na sua a extensão no sentido Guarulhos ainda nesta década com quatro estações Jardim dos Eucaliptos, São João, Presidente Dutra e Bonsucesso que iria atrair usuários de outros municípios limítrofes como Arujá, Santa Isabel, Itaquaquecetuba entre outros levarão o ramal para uma região carente de transporte ferroviário no entorno do aeroporto, onde iria aguardar a chegada da Linha 2-Verde ainda nesta década em que seria construído um pátio e um terminal de manutenção de trens, afinal este é o 2º maior município do Brasil com 1,4 milhões de habitantes e não tem Trem Metropolitano e nem Metrô, e esta linha 13-Jade está com uma demanda ociosa de 16 mil contra uma capacidade de mais de 120 mil, ao invés de se lançar novas linhas como esta Linha 19-Celeste que só seriam viáveis e exequíveis na prática após a década de trinta!

  5. Não foi questionado se, ao invés de se fazer o people mover, não seria melhor estender a linha 13 até o terminal 2, que é o mais movimentado. É só autorizar o Estado de São Paulo, através da CPTM, a fazer isto. Então a União não teria que abrir mão da autorga que recebe da GRU Airport?

  6. A culpa deste imbróglio todo é da quadrilha petista cujo chefe não quis mover um dedo (talvez este seja o problema) para complementar o projeto da linha jade do governo de São Paulo, que fez a parte mais difícil e custosa, que foi levar a linha até as imediações do aeroporto, mas cuja finalização foi esnobada pela concessionária federal, que preferiu instalar um “shopping”, que até hoje não saiu. O presidente presidiário se fez de morto, como era de praxe em qualquer coisa que envolvesse o estado de São Paulo. Como se não bastasse, a quadrilha petista ainda cancelou todos os investimentos do PAC para São Paulo. Também não será este presidente psicopata que vai resolver isto. Todos os presidentes que tivemos desde a virada do milênio foram um desastre em mobilidade urbana neste país.

    1. kkkkkkkkkkkkkkkk, chegou a assessoria do PSDB repetindo mil vezes “quadrilha petista”… teu deus Alckmin vai ser vice do Lula kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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