Tarcísio de Freitas cogita desapropriar antiga área da Rhodia para pátio da Linha 20-Rosa
Em visita ao ABC, governador garantiu que o ramal de metrô começará pela região, a despeito de desapropriações atrasadas

O governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), garantiu que a Linha 20-Rosa começará a ser construída pelo ABC Paulista.
O gestor estadual fez a declaração durante evento em São Bernardo do Campo na quinta-feira, 26, um dia após a Assembleia Legislativa aprovar um requerimento para que o secretário dos Transportes Metropolitanos e o presidente do Metrô compareçam à casa para dar explicações sobre o projeto.
Parlamentares do ABC temem que o ramal de metrô tenha início pelo chamado Lote 1, que engloba a maior parte da estações e demanda e está localizado dentro da capital paulista.
Tarcísio, no entanto, afirmou que a Linha 20 começará por Santo André, mas revelou também que o impasse envolve a escolha do terreno onde será erguido um dos pátios de manutenção.

Obras do centro logístico já começaram, como mostram imagens de satélite de abril (GE)
Segundo ele, além da área próxima à estação ABC (antiga Pirelli), o Metrô continua avaliando usar o antigo terreno da Rhodia, próximo à estação Santo André.
No entanto, no local está sendo construído um centro logístico em acordo celebrado com a prefeitura de Santo André.
“Nós temos duas possibilidades de pátio, um onde a gente estende um pouco mais a Linha 20 e fazer um pátio ao final e a outra possibilidade é fazer o pátio onde estava originalmente projetado. Uma área em que a gente vai ter de desapropriar”, explicou o governador, que prometeu resolver a situação “em pouco tempo”.

A Linha 20-Rosa, com 33 km de extensão e 24 estações, está no momento na fase de projeto básico, previsto para ser concluído em outubro de 2026, além de outros estudos.
Esses documentos servirão para que seja feito o edital de concessão do ramal, cotado para ser uma Parceria Público-Privada (PPP).
A consulta pública e as audiências públicas podem ocorrer em setembro, o que permitiria o lançamento da licitação em 2026.
Vai parar uma obra com investimento de 400 mi?
Pq não derrubar moinho sao jorge que tá ali a anos abandonado?
A área desse moinho n chega nem perto de ser suficiente pra um pátio pra abrigar mais de 40 trens
Esse trecho já não tem demanda para metrô, agora estão estudando que se torne um exterminador de empregos?
Melhor que esse trecho nunca saia do papel, do que sair e queimar o filme do metrô no ABC.
“Não tem demanda para metrô”, mas é justamente o trecho do ABC que vai lotar os trens da L20 (carregamento máximo desta linha será do ABC para São Paulo, no pico da manhã, e está estimado em até ~40 mil passageiros/hora neste sentido).
Coincidência ou paradoxo?
Além do mais, a L20 até Santo André faz parte do “pacote” de expansões que terão de ser feitas para minimizar a sobrecarga futura da L2 até Guarulhos (desviando passageiros do ABC para a L20, os quais hoje fazem uso da L2).
Afinal, é uma rede.
O que seria, então, a tal “demanda para metrô”?
Sou de SBC e vou dar meu ponto de vista daqui: A estação que vão por aqui é no bairro Rudge Ramos, que ja é colado em São Paulo e fica a alguns minutos de onibus das estações Sacomã e Santo André. Pra grande maioria dos moradores de SBC não irá fazer diferença pegar um ônibus pro Rudge Ramos ou pra Santo André. Tem demanda? Tem, mas o projeto poderia ser muito melhor pra atender a população daqui (saudosa Linha 18), infelizmente São Bernardo tem uma máfia e lobby das empresas de ônibus que é muito poderoso
Não há demanda para metrô nesse trecho, ele foi enxertado pelo governo do estado no projeto original da Linha 20 como compensação pelo cancelamento da Linha 18.
E 40 mil passageiros/hora no sentido mais carregado é demanda para transporte de média capacidade (VLT, Monotrilho, BRT).
Não há projeto real de levar metrô para o ABC desde a Linha 18. Só vemos propostas eleitoreiras que não vão atrair parceiros para futuras concessões sem que o estado tenha que bancar o prejuízo por esticar linhas para lugares sem demanda para metrô. Outro lugar assim é o Jardim Ângela, onde os projetos de metrô se avolumam e nada sai do papel. O projeto atual prevê investir mais de R$ 4 bilhões para transportar 56 mil pessoas por dia em duas novas estações.
O Ivo acaba de afirmar que todas as linhas atuais de metrô pesado que temos em São Paulo (exceto a L3 por enquanto) “não têm demanda para metrô”.
Segundo ele, todas elas deveriam ser apenas VLT ou no máximo um simples BRT.
Sabe qual o carregamento máximo (no trecho crítico), atualmente, que as linhas 1, 2, 3, 4 e 5 atingem?
Exceto a L3, que oscila entre 48 mil/h/sentido (pico matutino) e 53 mil/h/sentido (pico tarde/noite), as demais estão entre 30 mil e 40 mil no máximo.
Só que a Linha 3 vai ser desafogada, no fim desta década, e reduzir em pelo menos 10 mil o seu carregamento crítico.
A L2 será a única que vai entrar e ficar na faixa de 50 mil/h/sentido para mais.
Ah, e a L5 vai transportar 100 mil passageiros diários adicionais com a expansão após Capão Redondo.
Ivo, é melhor você não discutir mais sobre o assunto “demanda de metrô”, pois já deu para perceber que você está bem desinformado neste tema.
Tenha um bom fim de semana!
Pobre Victor, sabe pedir números aleatórios ao Metrô via lei de acesso mas não sabe interpretá-los. Quer passar por entendido mas só passa vergonha.
Lê opiniões divergentes, não entende e não aceita. Não aceita a expansão da Linha 2 do Metrô e reclama disso em todos os lugares possíveis.
Eu sei interpretar perfeitamente, por isso solicito tais dados, justamente para tirar conclusões lógicas em vez de sair acreditando em qualquer um, ou ficar falando “achismos”, ou mera “opinião” (como você mesmo disse).
Acho que não sou eu quem não está sabendo interpretar.
Quem está passando vergonha é você querendo enfiar 40 mil pessoas/hora/sentido em VLT ou BRT.
É como enfiar a demanda da hora de pico da manhã da L4 (entre República e Paulista) em BRT…
Imagine que “bacana” seria…
A L2 pode sim chegar a Guarulhos, basta preparar a rede para isso (com mais opções de deslocamento perimetral/não radial + L19 até Estação Brigadeiro) —isto é possível sim—, e tarifar as transferências com trens metropolitanos nos horários de pico (Penha e Gabriela Mistral), assim como ocorre em Itaquera e Tatuapé.
Porém, do jeito que querem fazer, vai saturar.
Mas quem devia mesmo se preocupar com isso é quem usa ou vai usar. Eu não me encaixo em nenhuma destas duas possibilidades.
Você é tão bem informado, mas não sabe que o máximo que dá para carregar em uma linha do Metrô de SP é até 57 mil passageiros/hora/sentido, e não 80 mil ou 100 mil…
Veja que querem desafogar a L3 com um carregamento atual de até 53 mil.
Afinal, os trens têm 6 carros só… Não estamos em Tóquio.
Outra coisa: a L20 completa passa de 1 milhão de passageiros/dia… Se isto não é demanda para metrô….
Se dependesse de você, faríamos só as linhas 1 e 3, pois as demais não se justificariam por “falta de demanda para metrô”.
Não sou eu que sou contra a expansão (como uma vez você teve o disparate de dizer), mas sim você mesmo, já que, quanto mais linhas se fizer no longo prazo, menos “demanda para metrô” haverá em cada linha, pois esta demanda tende a se diluir e espalhar (é só pensar na L3 com as expansões da L2 e da L15, e com a criação da futura L16).
Sem mais.
kkkkkkk Onde já se viu, o cara usa os dados oficiais para fundamentar os argumentos.
Print com dados de carregamento de passageiros de abril/25.
Print com dados de carregamento de passageiros de março/25.
O cara veio munido de referências bibliográficas!
Obrigado Victor!
O que a pessoa nao faz pra se reeleger? Alem desse trecho claramente nao ser prioritario por questoes financeiras e tecnicas por estudos ja desenvolvidos, o sr governador ainda quer desapropriar um galpao em construcao que, alem de ser extremamente caro para desapropriar, ainda vai deixar de gerar empregos.
Sentido nenhum nessa insistencia. E qum paga a conta somos nos, os contribuintes.
Cara honestamente, isso ai vai ficar anos parado na justiça. Querem desapropriar uma área gigante que uma empresa já está investindo 400 milhões de reais?? Ou o governo paga tudo de volta ou vai empacar na justiça, e com razão
Usar uma parte do gigantesco terreno na antiga fábrica da Ford, do lado da estação Taboão-Pauliceia não é uma possibilidade?
Não sei mesmo