No próximo sábado serão completados seis meses desde que o Metrô realizou a sessão pública de recebimento das propostas para a extensão da Linha 15-Prata até Jacu Pêssego.
A obra que inclui duas estações (além de Jacu Pêssego também Boa Esperança) e um segundo pátio de manutenção na região da Avenida Ragueb Chohfi tem previsão de entrega em 2024, mas a companhia encontra dificuldades em escolher um vencedor para o certame.
Não faltam promessas para uma solução, no entanto. O presidente do Metrô, Silvani Pereira, chegou a afirmar duas vezes a seus seguidores que um vencedor seria anunciado em outubro. Neste final de semana, o executivo voltou a anunciar um desfecho “nos próximos dias”.
A concorrência é disputada por 11 consórcios, mas a proposta de menor valor, feita pelo consórcio Paulista Linha 15 (Heleno & Fonseca, Paulitec e Nova Engevix), de R$ 319 milhões, ficou abaixo de 70% da média de todos os proponentes.

Por isso, a tendência é que ela seja desclassificada. Nesse cenário, o consórcio Engibras e Eneplan (proposta de R$ 450 milhões) seria apontado como vencedor da licitação.
A demora em apresentar um vencedor pode envolver justamente as implicações jurídicas de uma decisão que eliminaria a proposta de menor valor. Não é a primeira vez que o Metrô se vê às voltas com empresas que desclassificadas acabam indo à Justiça para tentar manter sua participação.
Assim ocorreu com o consórcio PSD-SP, dono da menor proposta pelas portas de plataforma de 34 estações, mas que foi desclassificado por duas vezes.
A favor da definição do vencedor nesta semana pode estar o fato de a estação Jardim Colonial ser inaugurada em breve. Com isso, o governo Doria poderia usar o evento de inauguração para anunciar a extensão da Linha 15 até Jacu Pêssego.
A abertura de Jardim Colonial depende dos testes que estão sendo realizados durante o feriado prolongado e que fecharão o ramal de monotrilho por boa parte desta terça-feira, Dia de Finados.