Segunda colocada em licitação de adequação viária da Linha 15-Prata entra com recurso

Álya Construtora havia pedido R$ 250 milhões para executar serviço em primeira rodada do certame e baixou seu preço para R$ 146,9 milhões. Vencedor foi o Consórcio Augusto Velloso – A3 – Linha 15, que ofereceu R$ 910 mil a menos
Pilares ao longo da Avenida Ragueb Chohfi (iTechdrones)
Pilares ao longo da Avenida Ragueb Chohfi (iTechdrones)

A licitação de readequação viária da Avenida Ragueb Chohfi, necessária para extensão da Linha 15-Prata até o futuro pátio do mesmo nome, foi suspensa pelo Metrô após um recurso administrativo da Álya Construtora.

A empresa foi a segunda colocada no certame, com uma proposta de R$ 146,9 milhões, R$ 910 mil a mais que o Consórcio Augusto Velloso – A3 – Linha 15, que foi habilitado pela companhia a realizar o serviço.

A Álya alega que o consórcio vencedor não comprovou a qualificação técnico-operacional, ou seja, não apresentou provas de capacidade para tocar uma obra como essa, que se resume a alterar o viário para permitir a construção das vias elevadas por onde passarão os trens de monotrilho, entre outros serviços menores.

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A construtora também afirma que o  consórcio não apresentou uma procuração que permitisse que a empresa líder representasse as demais associadas. Além disso, a Álya diz que o Metrô deveria escolher a melhor proposta, que “conjuga os elementos técnicos e financeiros” e não a mais barata, como está disposto no edital.

A classificação da licitação (CMSP)

“Desconto” de R$ 104 milhões de uma licitação para outra

A Álya, nova denominação da construtora Queiróz Galvão, havia participado da primeira tentativa de licitação do serviço pelo Metrô no ano passado. Em sociedade com a Coesa, o então Consórcio Expresso Ragueb pediu R$ 250,6 milhões pelo mesmo serviço.

Como foi a única proponente a comparecer, o Metrô tentou negociar um desconto já que o valor pedido era muito superior ao orçado (R$ 183 milhões). A Álya e a Coesa negaram e a companhia encerrou o certame sem aceitar o valor exorbitante.

O consórcio não se deu por vencido e tentou por meio de recurso obrigar o Metrô a aceitar sua proposta, dizendo ser ela bastante coerente, o que foi obviamente repudiado pela comissão de licitação.

Meses depois, a Álya, agora sem a Coesa, envolta em pedidos de falência, reduziu sua proposta então “justa” em quase R$ 104 milhões, um generoso desconto de 42%.

O Metrô agora abrirá espaço para que o consórcio vencedor apresente sua defesa e então decidirá se acata ou não o recurso. Não há um prazo para que isso ocorra.

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8 comments
  1. O metrô deveria negar o recurso da Álya e assinar o contrato com o Augusto Velloso A3, se não as obras vão demorar mais ainda

  2. Enquanto isso a finalização dessa obra aparentemente nunca ocorrerá, quem sabe em 2050, obras nas periferias são lastimáveis.

      1. se fosse empresa privada nem ia querer gastar. iria fazer o que estão fazendo esperar o governo construir, e depois pagar uma ninharia pra operar, e colocar no contrato preços maiores do que as tarifas pagas além é claro de multas e garantia de lucro, como todas fazem em SP

  3. o primeiro comentario é o mais óbvio a obra vai atrasar
    no monotrilho de congonhas foi mais bizarro o governo acusou a empresa de falencia,quando na verdade quem faliu
    foi o governo que nao pagou a empresa alias neste mundo ninguem trabalha de graça

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