Vale o conselho aos moradores do entorno da Linha 15-Prata (e futuramente da Linha 17-Ouro): trens de monotrilho podem ser usados para rebocar outros trens que estão com algum problema técnico. Trata-se de um recurso genial que dispensa o uso de veículos especializados nessa função e que possibilita retirar uma composição com alguma falha com mais agilidade da via.
Foi o que ocorreu nesta semana quando um trem da Linha 15 teve uma falha e foi rebocado por outro monotrilho. No entanto, a cena rara logo viralizou nas redes sociais com a rápida e errônea conclusão que os dois trens haviam colidido. Nada mais falso.
Contribuiu para essa impressão o lamentável incidente ocorrido em janeiro de 2019 na estação Jardim Planalto quando uma falha possibilitou que dois trens se chocassem. O episódio gerou acusações do Sindicato dos Metroviários, ferrenho crítico do modal, que apontou falha na sinalização, e do Metrô, que na época considerou o choque como falha humana.
Seja lá quem está com razão, é fato que o problema não foi causado pelo monotrilho em si. Colisões de trens infelizmente ocorrem, mas por falhas em sinalização ou causadas por intervenção humana (ou ambas) e afetam de monotrilhos a metrôs convencionais e trens de alta velocidade.
![](https://www.metrocptm.com.br/wp-content/uploads/2020/11/engate-monotrilho-960x640.jpg)
Muitas vezes, composições com problemas no Metrô acabam sendo rebocadas sem chamar tanta atenção já que as vias em geral são subterrâneas ou mais protegidas por muros e barreiras. Não é o caso do monotrilho que, por suas características, acaba ficando mais exposto ao público. Por isso, não será novidade se a cena presenciada dias atrás ocorrer mais vezes, sem no entanto colocar em risco nenhum passageiro.
Desempenho aprimorado
Após meses de investigações e correções bancadas no sistema runflat pela Bombardier, fabricante do monotrilho, a Linha 15-Prata voltou a operar em junho. Desde então, o serviço tem se mostrado mais confiável e regular, segundo dados do Metrô. A velocidade média tem sido de 33 km/h, a mesma da Linha 1-Azul, por exemplo, com picos de 83 km/h em alguns trechos.
Já o intervalo está sendo reduzido gradualmente: se foi de 4 minutos e 47 segundos em agosto (média), atingiu 4 minutos e 16 segundos no mês passado. O ramal, no entanto, ainda está longe do patamar de passageiros transportados atingido no início do ano, antes do incidente que paralisou a operação. Em outubro, passaram diariamente pela Linha 15 cerca de 64 mil usuários contra 116 mil em fevereiro, recorde até hoje.
![](https://www.metrocptm.com.br/wp-content/uploads/2020/11/monotrilho-veiculo-960x640.jpg)
Olha eu sou usuário do monotrilho,assim como milhares de outras pessoas da região, o principal problema é o conflito de interesses, mais para os usuários, o que realmente importa é o equipamento servir à população. Para os usuários é excelente porque ajuda e facilita o transporte