Iniciadas em maio de 2019, as obras da estação Jardim Colonial, da Linha 15-Prata, tinham um prazo de conclusão de dois anos, um período extremamente curto para um empreendimento desse porte.
De fato, como mostro o site desde então, os trabalhos evoluíram de forma satisfatória a despeito de um aditivo assinado em abril ter estendido o contrato em mais seis meses.
As imagens aéreas do canal iTechdrones desta semana confirmam que a nova estação do monotrilho está pronta, apenas com pequenos ajustes sendo feitos e quase sem a presença de operários.
A pendência está nos sistemas que envolvem a operação do novo trecho de 1,8 km. Embora o início da operação assistida deva ser desconectada do restante do ramal por uma questão fisica (não há como os trens manobrarem para retornar na via sentido Vila Prudente), o Metrô ainda não conseguiu atingir os níveis necessários para homologar o funcionamento da estação – ao menos é o que se deduz dos inúmeros testes realizados desde julho.

No entanto, enquanto a expectativa pela inauguração de Jardim Colonial só aumenta, não faltaram promessas descumpridas sobre sua abertura.
No final de maio, por exemplo, o ex-secretário Alexandre Baldy anunciou que a estação seria aberta em setembro. Em agosto, o primeiro trem de monotrilho chegou ao local, porém, dias depois o mesmo gestor prometeu uma nova data, outubro.
Mas durante o mês passado nem sinal de abertura. Na despedida do cargo, Baldy voltou a fazer uma previsão, desta vez mais precisa: “a estação Jardim Colonial, que está concretizada e será entregue no próximo dia 04 à população“, escreveu em carta enviada ao governo Doria onde listou seus feitos à frente da Secretaria dos Transportes Metropolitanos.
Pois o dia 4 de novembro chegou e nada de estação abrir. Após a saída do goiano, no entanto, o Metrô voltou a prometer a inauguração da parada “ainda neste ano”, como tem repetido Silvani Pereira, presidente da companhia, em suas redes sociais.
Apesar da demora, espera-se que o novo trecho do Metrô seja entregue em mínimas condições operacionais, ao contrário da estação Mendes-Vila Natal, da Linha 9-Esmeralda, que abriu em agosto sem que os sistemas de controle dos trens estivesse finalizado.
Afinal, às vezes vale esperar um pouco mais para ter um serviço real e não apenas um palco para discursos eleitoreiros.
