Obras da Linha Leste do Metrô de Fortaleza perdem ritmo

Consórcio responsável pela construção do ramal de 7,3 km pediu extensão do prazo e reajuste nos valores do contrato
Um dos dois túneis singelos da Linha Leste do Metrô de Fortaleza (GEC)

Única obra de metrô executada com uso de tatuzões fora de São Paulo neste momento, a Linha Leste do Metrô de Fortaleza tem apresentado uma redução no ritmo dos trabalhos, segundo o jornal Diário do Nordeste. A informação foi confrmada pelo secretário de Infraestrutura do Governo do Estado do Ceará, Lúcio Gomes.

Segundo o artigo, a escavação dos dois tatuzões em operação, além da construção das estações Colégio Militar e na rua Silva Paulet, a 30 metros de profundidade, apresentam uma evolução aquém do esperado.

Lúcio Gomes diz que isso se deve a dois pleitos que o Consórcio FTS está pedindo ao Governo do Estado, por conta da pandemia, a prorrogação do prazo de entrega e a recomposição de alguns preços.

De acordo com o secretário, com relação a prorrogação, já foi acordado um prazo adicional de 15 meses. Já com relação a revisão de preços, influenciada pela inflação, uma solução deve ser anunciada nos próximos dias.

As obras começaram em 2013, mas foram paralisadas em 2015 até serem retomadas há pouco tempo (Reprodução)

Atualmente, por conta da diminuição do ritmo das obras, o consórcio está aproveitando para realizar manutenções preventivas nas duas máquinas tuneladoras que estão em operação.

A Linha Leste foi dividida em 2 fases. A primeira fase, em obras e que terá 7,3 km, contará com as estações Tirol-Moura Brasil, Chico da Silva, Colégio Militar, Nunes Valente e Papicu. A inauguração é esperada para 2024. As demais estações serão construídas em uma segunda fase, sem previsão até o momento.

O traçado da Linha Leste do Metrô de Fortaleza

Tatuzões do governo

Os estudos para a implantação da Linha Leste do Metrô de Fortaleza começaram há mais de uma década, já visando as obras destinadas à Copa do Mundo da Fifa, que foi realizada no Brasil em 2014. No entanto, as obras só tiveram início em 2013, sob responsabilidade do Consórcio Construtor Cetenco-Acciona. Em 2015, a empresa abandonou a obra, dando início a uma disputa por pagamentos de valores com o governo, que culminou  com a rescisão do contrato.

Em 2018, o governo do Ceará contratou um novo consórcio, o FTS Linha Leste, formado pelas empresas Construtora Ferreira Guedes S.A. e Sacyr Construcción S.A., com proposta de R$ 1,47 bilhão.

Uma curiosidade sobre a Linha Leste é o fato de que os quatro tatuzões singelos pertencerem ao governo do estado de Ceará, que preferiu adquiri-los em vez de colocar sua aquisição como parte da proposta dos consórcios, como é feito em outros contratos. Eles foram fabricados pela empresa americana The Robbins Company em 2012 e entregues no ano seguinte.

Uma das quatro tuneladoras do Metrô de Fortaleza (Metrofor)

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