CPTM conclui entrega de trens da Série 9500 na Linha 7-Rubi

Nesta quinta-feira, companhia colocou em operação a 30ª composição fabricada pela Hyundai Rotem e parte de uma encomenda de 65 unidades
O trem 169º da CPTM: falta apenas uma composição para completar encomenda (CPTM)

Após dois anos, a CPTM concluiu nesta quinta-feira (27) a entrega dos 30 trens da Série 9500 para a Linha 7-Rubi. Fabricadas pela sul-coreana Hyundai-Rotem, as composições começaram a operar em junho de 2017 depois de um longo período de testes e atrasos na sua produção.

No acordo original, a Rotem contaria com a empresa brasileira IESA, mas diante das dificuldades financeiras da parceira acabou sendo obrigada a inaugurar uma fábrica no interior de São Paulo para finalizar os trens, que vieram parcialmente montados da Coreia do Sul.

Curiosamente, ainda resta uma unidade da encomenda original de 65 trens, uma composição da Série 8500 fabricada pela espanhola CAF. Ela deveria ter sido entregue também neste mês, mas a CPTM não explicou a razão de mais esse atraso. As entregas dos trens de origem espanhola já duram quatro anos desde que o primeiro exemplar foi recebido pela companhia em 2015.

Desde 2007, quando passou a marcar os trens com adesivos alusivos à quantidade de trens novos, a CPTM colocou em operação 169 composições. Com isso, restam poucas unidades de trens antigos, herdados da CBTU. Entre eles está a Série 1700 cujos dois últimos trens devem ser aposentados neste mês. Após isso restarão apenas algumas unidades das séries 4400, que são suporte às linhas 11 e 12, e 5400, utilizadas na extensão da Linha 8-Diamante.

Além desses trens sem ar-condicionado, a CPTM ainda opera a Série 2100, os famosos trens regionais espanhois usados hoje apenas na Linha 10-Turquesa. Construídos em 1974, essas composições foram adquiridas pelo governo do estado no final dos anos 90 e foram as primeiras a oferecer mais conforto na companhia. Mas envelheceram e hoje também tornam a operação do ramal muito lenta por conta das suas características. Como foram projetados para ligar cidades a média distância seu desempenho, reduzindo a capacidade da linha.

O governo do estado já sinalizou que a Linha 10-Turquesa é prioridade a partir de agora e deve passar a receber mais trens novos, inclusive de uma próxima encomenda planejada.

Antigo trem da Série 1700: ele é o próximo a sair de cena (SrBudd/Wikimedia)

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  1. Suas matérias são realmente excelente, mas acho que só deveria focar num assunto, sempre quando entra trens novos na Linha 7 ou 11 ou até mesmo os novos trens da Linha 13, as suas matérias citam novos trens para a Linha 10, fica repetitivo, toda matéria ter algo no sempre pendendo para a Linha 10 na minha humilde opinião.

  2. Finalmente a gente foi lembrado, já não era sem tempo essa mudança de frota da tão esquecida linha 7-Rubi. Aliás, a linha 7, junto à 10-Turquesa, formaram a histórica linha Santos-Jundiaí, construída pelos ingleses no sec. XIX, sendo a primeira grande linha ferroviária do Brasil, ainda no Império. Sempre fomos esquecidos pela atual gestão da CPTM, vendo melhorias sendo feitas nas demais linhas, como 8-Diamante e 9-Esmeralda, herdadas da antiga FEPASA, além das linhas da ZL, 11-Coral, sendo esta expresso e 12-Safira. Agora, faltam obras de recuperação e reconstrução das estações da linha 7, são todas antigas, de baixa capacidade, sem acessibilidade alguma, como a estação Jaraguá, prometida ser reconstruída do 0 desde 2008, até hj nada. Só são exceção msm na linha as estações Vila Aurora, inaugurada em 2013 e Franco da Rocha, reconstruída e inaugurada em 2014. A estação Fco Morato tbm, depois de 10 anos parada, as obras foram retomadas ano passado, com previsão de entrega em 2021. Agora, resta esperar por melhorias nesta área tbm.

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